(Tomaz Silva/Agência Brasil)
Talheres embalados em sacos plásticos, cardápios plastificados, entrada somente com reserva e álcool em gel em vários pontos. Esses são alguns dos cuidados que bares e restaurantes de Belo Horizonte irão adotar assim que forem autorizados pela prefeitura a abrir as portas.
Na segunda-feira (8), a capital dá início a uma nova etapa da flexibilização social. No entanto, os estabelecimentos que vendem comida e bebidas ficaram de fora do "afrouxamento" e permanecem impedidos de atender os clientes dentro instalações.
A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) tem pressionado o Executivo e entrou com pedido de liminar na Justiça para garantir que os estabelecimentos retomem as atividades. Mesmo sem a autorização, o setor já se reorganizou e readaptou para atender o público, tão logo isso seja permitido.
De acordo com a entidade, todos os associados foram treinados para reforçar as medidas de segurança preconizadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Distanciamento social, redução da capacidade do local e limpeza dos ambientes com álcool em gel são algumas das atitudes que vão ser realizadas pelos bares e restaurantes.
Crise
De acordo com a Abrasel, sem perspectivas de reabertura, as demissões nos bares e restaurantes da capital devem se multiplicar até o final deste mês.
Antes da pandemia, BH tinha 75 mil postos de trabalho em 15 mil empresas no ramo. Hoje, 25 mil empregos já foram perdidos. Esse número poderia saltar para 40 mil, até julho. Em toda a região metropolitana, são 22 mil estabelecimentos e, de 130 mil empregados, 35 mil já foram mandados embora, contingente que pode ser elevado a 60 mil.
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