Base do governo na Assembleia pode ter 70% dos deputados

Lucas Simões
28/01/2019 às 16:06.
Atualizado em 05/09/2021 às 16:16
 (Reprodução/TV Assembleia )

(Reprodução/TV Assembleia )

A base do governador Romeu Zema (Novo) na Assembleia de Minas deve reunir cerca de 70% dos parlamentares eleitos para a próxima legislatura, que começa em 1º de fevereiro. Aliados do chefe do Executivo estadual estimam que 52 deputados já tenham fechado apoio ao governo. A oposição tende a ser encabeçada pelo PT, partido que tem a maior bancada, com dez nomes.

O favorito para presidir a Assembleia, deputado Agostinho Patrus (PV), é próximo a Zema e afirma ter aglutinado 18 partidos em torno da própria candidatura. Entre eles, siglas que mantêm bancadas significativas, como PSDB e MDB – com sete representantes cada. 

Agostinho Patrus apoiou Zema durante a campanha eleitoral e espera estreitar as relações com o governo. “Vamos construir uma relação que facilite a discussão dos projetos na Casa. E o Zema está disposto a manter um diálogo aberto com os deputados”, disse o parlamentar do PV.

Apesar de os deputados Guilherme da Cunha e Laura Serrano, do Novo, terem anunciado apoio a Agostinho Patrus, o colega de partido deles, Bartô, sinalizou uma postura independente por não concordar com a aproximação entre a legenda e o PSDB. <EM>

INCÔMODO

Nos bastidores do Novo, haveria uma insatisfação com a indicação do tucano Luiz Humberto para a liderança do governo na Casa, ainda que a legenda tenha indicado para vice-líder o deputado Guilherme Cunha.

Questionado se o apoio do PSDB ao governo Zema tem gerado conflitos no Novo, Guilherme Cunha negou. “O PSDB, assim como todos os outros partidos que também desejam apoiar o projeto de recuperação de Minas Gerais, é bem-vindo”, disse. Bartô não respondeu à reportagem. Já Laura Serrano não foi encontrada para comentar o assunto.

No núcleo petista, o deputado André Quintão (PT) afirma que o partido deve se posicionar criticamente frente a parte das propostas de Zema. O PT chegou a tentar criar um bloco de oposição, em conversas com PCdoB, PTB, PSOL, a Rede e o PTB. Apesar disso, o grupo ainda não avançou. 

“Vamos criticar projetos ou propostas específicos, como privatização de estatais. Mas isso não significa atrapalhar o governo, travar a pauta ou coisas do tipo. Significa coerência e um pensamento sobre o que é melhor para Minas Gerais”, disse Quintão. 

Apesar de ser cotado para assumir como 1º secretário da Mesa Diretora, Quintão disse que uma eventual indicação não “vai influenciar na postura do PT na Assembleia”.

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