Belo-horizontina decide ficar no Nepal para ajudar na reconstrução do país

Renato Fonseca - Hoje em Dia
16/05/2015 às 11:35.
Atualizado em 17/11/2021 às 00:03
 (Arquivo Pessoal)

(Arquivo Pessoal)

Há exatos 21 dias, um tremor de 7.8 graus de magnitude assolou o Nepal, deixando mais de 8 mil mortes. Após a tragédia, a imagem de uma mulher socorrendo uma criança rodou o mundo e emocionou a todos. Em meio aos escombros, a belo-horizontina Simone Nascimento Antônio, de 38 anos, carregava nos braços um garotinho minutos depois dos momentos de terror. A solidariedade da mineira, no entanto, não parou por aí.   Morando no país asiático há dois meses, Simone não tem data para voltar para casa. A estilista se juntou a um grupo de voluntários para angariar fundos e prestar assistências às famílias sobreviventes. Uma das maiores preocupações é a temporada de fortes chuvas, que deve começar em breve. Milhares de pessoas continuam desabrigadas, o que pode agravar a situação.   Ainda faltam suprimentos para uma parcela da população e, conforme Simone, toda ajuda será bem-vida. “Os vilarejos antigos foram bem abalados, alguns perderam tudo. Agora é hora de trabalhar ajudando a quem precisa. Construir casas e banheiros, levar água, comida, tendas e medicamento para os vilarejos e, claro, levar energia positiva”.   Experiências   A mineira conta que adoraria compartilhar todas as experiências vividas com os brasileiros, mas lhe faltam palavras para descrever tamanha emoção. “Dizem que socorri um garotinho durante o terremoto em Kathmandu, mas, na verdade, foi ele quem me socorreu. Eu tremia mais do que ele”, recorda.   Sobre outras experiências vividas até o momento, a mineira evita falar dos dramas e dores presenciados. Prefere se apegar na força do povo nepalês e na certeza de que o caos chegará ao fim. “Às vezes me pergunto por que isto está acontecendo com um povo tão lindo. A resposta que me vem à cabeça é que seria difícil encontrar em outro lugar do planeta um exemplo tão real de humildade”.   Ela faz questão de destacar que, mesmo quando muitos precisaram abandonar as casas e deixar tudo aberto, nenhum ato de vandalismo foi registrado. “Nas ruas existe uma paz que prevalece no ar. Mesmo com tristeza nos corações, as pessoas não se esquecem de sorrir. São grandes mestres para o nosso mundo. Exemplos de vida e humanidade”.   Interessados em ajudar ou conhecer o trabalho do grupo que Simone integra podem acessar a página www.secretgardendisasterrelief.org

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