(BMW)
Aquela história de que “em time que está ganhando não se mexe” tem sido levada a sério. Pelo menos nos corredores do quartel-general da BMW, em Munique, quando se trata do Série 3. Lançado em 1975 para ocupar a base da gama da BMW, o série 3 se tornou o principal produto da marca por ser mais acessível do que os demais sedãs da Casa de Motores da Bavária, sem perder o refinamento e confiabilidade de seus irmãos maiores e nem a praticidade de seu antecessor, o 2002.
O sedã caiu nas graças do público por manter a combinação de carroceria compacta, tração traseira e gama de motores de bom desempenho, numa época em que a indústria tinha passado a apostar na transmissão dianteira como solução para reduzir o peso final dos pequenos e otimizar o espaço interno, já que eliminava-se o túnel central elevado. Em Munique, essa tendência não significava nada, tanto que o primeiro carro da marca com tração dianteira, o Série 2 Active Tourer, chegou ao mercado no ano passado.
Em 40 anos, o Série 3 teve seis gerações e chegou ao Brasil, no início dos anos 1990, quando o governo Collor abriu as importações. No ano passado, ele passou a ser montado na planta catarinense de Araquari, junto com o utilitário esportivo X1 e o hatch Série 1. Em 2014, o sedã teve 7.410 unidades vendidas, segundo a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). Neste ano, entre janeiro e abril, o sedã emplacou cerca de 2.100 unidades, nas versões 320i e 328i, ambas equipadas com motores 2.0 litros.
Atualmente, a BMW oferece motores quatro cilindros 2.0 litros e seis cilindros 3.0 litros, com calibragens de potência diferentes, dependendo da versão. Durante as quatro décadas, o Série 3 recebeu versões de carroceria cupê, conversível, perua e notchback (Série 3 GT), além da versão de alto desempenho M3. É claro que, nesses anos todos, o sedã que nasceu compacto ganhou peso, tamanho e conteúdo, o que fez com que a marca lançasse o cupê Série 2 para resgatar a essência das primeiras gerações.