Brasil será a nova economia mundial nos próximos anos

Hoje em Dia
31/03/2013 às 07:20.
Atualizado em 21/11/2021 às 02:24

  No ano passado, foi publicado nos Estados Unidos o livro “Brazil is the new America”, que defende a tese de que nas próximas décadas nosso país será, na economia mundial, o que foram os Estados Unidos a partir de meados do século passado.    Este poderoso país se encontra em processo de afundamento, segundo o autor, James Dale Davidson. Analista de mercado e empresário bem sucedido, ele edita “Strategic Investment”, uma publicação respeitada por investidores estrangeiros. Um de seus filhos fala português, pois é filho de brasileira, e o autor demonstra conhecer bem nosso estado.    Nossas autoridades deveriam ler o livro, para se prepararem para o que começa a ocorrer em Minas na área de mineração, como tem noticiado o Hoje em Dia. Se o fizer, estarão seguindo o conselho do bilionário americano Donald Trump, um dos que recomendam o livro, em comentários na contracapa. “Esse é um livro sobre seu futuro”, diz Trump, dirigindo-se aos conterrâneos. Pode ser também sobre o futuro dos mineiros.    Na última quarta-feira, este jornal informou que a mineradora Manabi vai investir R$ 6,25 bilhões, com recursos de fundos de investimentos dos Estados Unidos, Canadá, Austrália e Coreia, para extrair 31 milhões de toneladas de minério de ferro nos municípios de Morro do Pilar e Santa Maria de Itabira, situados no Quadrilátero Ferrífero mineiro.    O que preocupa nesse projeto, a exemplo do que se executa na região de Conceição do Mato Dentro, é que o minério será levado até o porto, para exportação, através de mineroduto. Uma via que não gera riqueza, ao contrário da ferrovia construída pela Vale para transportar o minério de Itabira. Minerodutos consomem água doce e energia elétrica, produtos que estão se tornando escassos em todo o mundo.   É preciso cuidado para que Minas não venda suas riquezas sem retorno efetivo para a população do estado. O governo vem lutando para elevar o valor dos royalties do minério, mas encontra resistência, pois é forte o lobby das mineradoras. Enquanto isso, antes de conceder as licenças para as mineradoras, deve cuidar, pelo menos, de proteger o meio ambiente.    E os empresários mineiros, donos de pequenas mineradoras, devem ficar espertos diante do assédio dos grandes grupos internacionais. Como noticiado na segunda-feira, reservas minerais de Minas e do Pará, principalmente, estão na mira desses grupos, que planejam investir em mineração, no Brasil, US$ 75 bilhões, até 2016.

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