Cheia deixa 40 municípios em situação de emergência

Jefferson Bertolini - Folhapress
08/07/2013 às 16:27.
Atualizado em 20/11/2021 às 19:52

SÃO PAULO - Por causa das cheias deste ano, 40 municípios do Estado do Amazonas já decretaram situação de emergência, informou a Defesa Civil Estadual nesta segunda-feira (8). A elevação do nível dos rios Negro, Solimões, Juruá, Amazonas e outros menores afeta a rotina de 334 mil moradores, de acordo com o balanço oficial. Crianças estão fora da escola e algumas unidades de saúde do interior operam com restrições ou foram temporariamente fechadas por causa das inundações.

O diretor de política e programas educacionais da Secretaria Estadual da Educação, Edson Melo, informou que o ano letivo de 2013 só deve terminar em janeiro de 2014 em parte das escolas. "Quando a situação se normalizar, os alunos deverão ter aulas aos sábados. Depois de a água baixar, temos de esperar em torno de 20 dias para limpar e consertar as escolas."

A secretaria ainda apura o número de unidades e alunos afetados. No Amazonas, a rede estadual tem 500 mil matriculados.

Hospital em balsa

Em Anamã, cidade no leste do Amazonas com pouco mais de 10 mil moradores, o hospital Francisco Sales de Moura está alagado. Para atender moradores da região, uma enfermaria foi montada sobre uma balsa. "No Estado, o que temos de mais grave é o aumento dos casos de diarreia por causa da água contaminada. Não temos registros de mortes", disse Maria Adriana Moreira, da Secretaria Estadual de Saúde.

Em Manaus, algumas ruas do centro estavam interditadas nesta segunda.
 
No Estado, a Defesa Civil acredita que as águas devam baixar dentro de 45 dias, com o fim do período de vazante.  Esta é a quinta maior cheia já registrada no Amazonas, segundo a Defesa Civil. A maior foi em 2012, quando 56 municípios foram afetados.

A elevação do nível dos rios é "gradual e imprevisível", segundo a Defesa Civil, e "as inundações são causadas por eventos climáticos de larga escala". Além dos reflexos nas escolas e nas unidades de saúde, as cheias interferem na produção agrícola e provocam falhas na distribuição e fornecimento de energia.

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