RECIFE- A Polícia Civil tenta cumprir nesta terça-feira (15) um mandado de prisão contra um suspeito de matar o promotor Thiago Faria Soares, de 36 anos, com quatro tiros na cabeça, em Itaíba (a 340 km do Recife), na manhã de segunda-feira (14).
O delegado Rômulo César confirmou que uma das linhas de investigação diz respeito ao envolvimento de Soares com questões fundiárias, mas não deu detalhes para não comprometer o trabalho da polícia.
Segundo jornais do Recife, Thiago Soares teria se envolvido em um processo de reintegração de posse na região para defender interesses da família da noiva, o que desagradou posseiros que foram expulsos do local.
O promotor foi atacado na estrada entre Águas Belas, onde vivia, e Itaíba, onde trabalhava, por volta das 9 horas de segunda-feira (14). Segundo o Ministério Público de Pernambuco, foram efetuados cerca de 40 disparos de espingarda calibre 12. A polícia não confirma essa informação.
A polícia ouviu na segunda-feira a noiva do promotor, Mysheva Freire Ferrão Martins, e Adautivo Elias Martins, tio dela. Os dois estavam no carro no momento do atentado, mas conseguiram escapar ilesos. Um outro delegado disse à reportagem que os dois estão sob proteção policial.
O corpo do promotor foi velado no prédio do Ministério Público no centro do Recife. O caixão está fechado, pois quatro tiros atingiram o rosto de Soares, que ficou desfigurado. Natural do Rio de Janeiro, ele também atuava como escritor e professor. Alguns ex-alunos acompanharam o velório, que começou por volta das 11h30. O corpo de Soares foi enterrado ás 17 horas, no cemitério Morada da Paz, em Paulista, região metropolitana do Recife.