O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT) e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB) vão anunciar a redução da tarifa de ônibus e trens do Metrô e da CPTM. O anúncio será feito logo mais em coletiva no Palácio dos Bandeirantes. Com a decisão, o valor das tarifas, atualmente em R$ 3,20, deve voltar a R$ 3. A decisão foi tomada depois de uma sequência de manifestações contra o aumento das passagem de ônibus na capital e também no restante do Estado. No último deles, ocorrido nesta terça-feira (18), foi marcado por atos de vandalismo, lojas saqueadas e a depredação da Prefeitura e de outros prédios do centro de São Paulo. Após início pacífico do ato, um pequeno grupo atacou a sede da Prefeitura e as lojas da Rua Direita. Na manhã desta quarta (19), lojistas e garis dividiram a tarefa de limpar os vestígios da depredação. Sobre os episódios, em entrevista coletiva concedida nesta quarta, Haddad atribuiu a destruição a "criminosos" que participaram do último protesto em SP. "Infelizmente o debate tem sido interditado por grupos que não confiam na democracia. São criminosos os que estão agindo nas ruas", criticou. Na tarde desta quarta, Haddad disse que a tarifa só baixaria imediatamente assim que um projeto de lei que desonera o setor de transporte público fosse aprovado no Congresso. Até então, a administração municipal mostrava que não iria recuar da decisão de aumentar a passagem de ônibus. O Ministério Público de SP chegou a sugerir que o valor da tarifa retornasse a R$ 3, mas a Prefeitura não acatou. "Você acha que se eu pudesse não ter aumentado, eu teria aumentado? A prefeitura não tem fonte de financiamento para mais subsídio", disse Haddad, numa das vezes em que afirmou que não reduziria o valor.