Jovem agredido e amarrado nu em poste no Rio é identificado

Agência Estado com Hoje em Dia
04/02/2014 às 08:53.
Atualizado em 20/11/2021 às 15:47
 (Facebook/Reprodução)

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O jovem que foi encontrado amarrado em um poste, nu, após ser agredido, foi identificado pela polícia do Rio de Janeiro. Segundo o órgão, o adolescente tem 15 anos e possui três passagens por roubo e furto. A delegada titular da 9ª Distrito Policial do Catete, Monique Vidal, responsável pela investigação, registrou o caso como lesão corporal.   O caso ocorreu na noite da última sexta-feira (31), na rua Rui Barbosa, no Flamengo, zona Sul do Rio. A artista plástica Yvonne Bezerra de Mello passou pelo local, viu a cena e acionou o Corpo de Bombeiros, que precisou usar um maçarico para socorreu o menor. Depois de resgatado, ele foi encaminhado ao Hospital Municipal Souza Aguiar, no centro.    A mulher divulgou a foto do adolescente em uma rede social e foi criticada porque ele, negro, seria integrante de uma gangue que pratica assaltos na zona sul. O rapaz estava sem documentos, segundo o Corpo de Bombeiros, e estava preso no poste com uma trava de bicicleta.   "Fizemos uma reunião, para discutir justamente a segurança na região, que terminou por volta das 22h30 da sexta. Um amigo estava indo embora quando me ligou e contou ter encontrado esse rapaz preso no poste, ferido e nu. Eu fui até lá, chamei os bombeiros e aguardei o atendimento. O rapaz estava nervoso e mal conseguia falar, mas contou ter sido agredido por um grupo que estava de moto e fugiu", narra a artista plástica Yvonne Bezerra de Mello, que socorreu o rapaz.   "Os bombeiros chegaram e socorreram o rapaz, mas eu não acompanhei mais o caso. Quando divulguei as fotos na internet, muita gente veio dizer que ele é ladrão, que tinha que ser punido mesmo. Os furtos na região (do Flamengo) aumentaram muito, eu sei disso, mas não sei quem é o rapaz. Se houver cometido algum crime, quem deve prender é a polícia. Não é possível que as pessoas queiram fazer justiça com as próprias mãos", diz Yvonne, fundadora de uma ONG que atende crianças e adolescentes moradores de áreas de risco. "Não importa quem é a pessoa, não tem cabimento deixar preso num poste. Eu faria a mesma coisa ainda que fosse um cachorro, um gato, qualquer bicho", afirma.

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