Justiça nega liminar e padrasto de Joaquim continuará preso em São Paulo

Gabriela Yamada - Folhapress
29/11/2013 às 17:06.
Atualizado em 20/11/2021 às 14:28
 ( Arquivo de família/Reprodução)

( Arquivo de família/Reprodução)

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) negou nesta sexta-feira (29) a liminar sobre o pedido de habeas corpus de Guilherme Raymo Longo, 28, principal suspeito do sumiço e morte do enteado Joaquim Ponte Marques, 3, em Ribeirão Preto, a 313 km de São Paulo. O advogado Antônio Carlos de Oliveira afirmou que irá recorrer da decisão.  O mérito do pedido deverá ser analisado em até 30 dias. A prisão temporária de Longo e da mãe de Joaquim, Natália Mingoni Ponte, 29, vence no próximo dia 10 e poderá ser prorrogada por mais 30 dias pela Justiça caso haja o pedido da Polícia Civil.    Longo e Natália foram levados na manhã desta sexta para a Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Ribeirão. No entanto, o delegado Paulo Henrique Martins de Castro não ouviu o depoimento do casal. Na quarta-feira, a polícia repetiu a mesma ação: trouxe o padrasto e a mãe do menino à delegacia, mas eles não prestaram depoimento. Na ocasião, Castro afirmou que a permanência dos dois na delegacia fazia parte da "dinâmica da investigação".    O advogado do padrasto, no entanto, disse que deverá realizar uma reclamação formal à Justiça caso o depoimento de Longo seja descartado novamente. "Eu acho que é desnecessário ficar 10 horas algemado dentro de uma delegacia. É cansativo", afirmou o advogado. "Eu estou esperando o delegado me ligar para avisar sobre o início do depoimento", completou.    Assim como no último dia 27, a psicóloga Danielle Zeoti também foi à delegacia na manhã de hoje. Ela deverá traçar um perfil psicológico do casal e auxiliar Castro, uma vez que os depoimentos de Longo e Natália apresentam contradições.    Castro aguarda o resultado do exame toxicológico de Joaquim, que pode apontar as causas da morte da criança. A suspeita é que o menino tenha morrido por overdose de insulina - Joaquim era diabético e estava em tratamento desde setembro.    O Instituto Médico Legal (IML) de Barretos, 423 km de São Paulo, apontou que Joaquim não morreu por afogamento, já que não havia água no pulmão da criança quando foi retirada do rio Pardo, no último dia 10. Também não havia marcas de agressões físicas.

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