RIO DE JANEIRO - Depois de ser recepcionado por frades na capela do hospital São Francisco de Assis, na Tijuca (zona norte do Rio), o papa Francisco abençoou dez pacientes internados na unidade. Entre eles, Natalia Mozinho, de 16 anos, internada desde o início desta semana, tratando de uma doença renal. "Não cheguei a dizer nada, mas ele tocou minha mão, olhou para mim", disse a menina.
No grupo de pacientes também estava Maria da Conceição de Souza, 49, que é cega. "Não vejo o papa com os olhos da carne, mas o vejo com os olhos do coração."
Três adolescentes com síndrome de down, vindos da Argentina, contaram com a sorte para ver o papa de perto. Acompanhados da diretora da escola onde estudam, na cidade de Rosário, eles estavam em frente ao hospital quando foram percebidos por um segurança do Vaticano, que não apenas os convidou para a cerimônia, como deixou-os em posição privilegiada para cumprimentar o pontífice.
Um dos rapazes acabou presenteado com um terço do Vaticano por um dos seguranças do papa.
Frustração
Diante da igreja São Francisco Xavier, o clima de frustração imperou entre os fiéis que aguardavam a passagem do papa. Algumas pessoas chamaram o pontífice de "Chiquinho The Flash", em alusão ao super-herói Flash, personagem de histórias em quadrinhos criado pela DC Comics.
Os fiéis acreditavam que Francisco trocaria de carro e completaria o trajeto com o papamóvel até o centro para dependentes químicos no hospital São Francisco. Outros acreditavam que o papa aproveitaria para conhecer a igreja.
Muitos permaneceram no local, na expectativa de que Francisco passe por ali na volta para onde está hospedado, no Palácio Apostólico do Sumaré, residência oficial da arquidiocese do Rio, no alto da estrada do Sumaré, no Rio Comprido.