Presos por morte de cinegrafista acusam um ao outro de acender rojão

Diana Brito - Folhapress
13/02/2014 às 18:23.
Atualizado em 20/11/2021 às 16:00
 (Montagem sobre fotos do Estadão Conteúdo)

(Montagem sobre fotos do Estadão Conteúdo)

RIO DE JANEIRO - O delegado Maurício Luciano de Almeida, da Polícia Civil do Rio, disse na tarde desta quinta-feira (13) que os dois jovens detidos pela morte do cinegrafista Santiago Andrade, 49, durante a manifestação no centro do Rio, há uma semana, acusam um ao outro de ter acendido o rojão.

"O fato de um acusar o outro de ter acendido o explosivo não muda nada. Não sei quem acendeu, só sei que os dois confirmaram que participaram da ação. Por isso, a pena é a mesma para os dois. Homicídio qualificado com dolo eventual e explosão de artefato", afirmou, em entrevista coletiva concedida à imprensa na 17 DP (São Cristóvão), zona norte.

Inicialmente, o auxiliar de serviços Caio Silva de Souza, 22, disse à polícia que só falaria em juízo. Na quarta-feira, no entanto, de acordo com o delegado, ele resolveu falar na penitenciária de Bangu, no Complexo de Gericinó, zona oeste, mesmo sem a presença do advogado.

De acordo com o delegado, o jovem disse no depoimento que Fábio Raposo "incentivou" ele a manusear o artefato que lançou contra o cinegrafista da TV Bandeirantes. Disse também, segundo o delegado, que confundiu o rojão com um sinalizador. A reportagem tentou contato com o advogado dos jovens, mas não obteve retorno. Souza disse que não sabe quais partidos estão envolvidos na negociação com os manifestante.

O delegado não quis passar detalhes do inquérito de aliciamento porque ainda não sabe se continuará com o caso. O relatório final sobre a morte de Santiago Andrade deve ser entregue amanhã à Promotoria.

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