Protestos no Rio contra terceirizações reúnem várias categorias

Agência Brasil*
15/04/2015 às 15:56.
Atualizado em 16/11/2021 às 23:39

Os protestos do Dia Nacional de Luta contra o Projeto de Lei (PL) 4.330/2004, que regulamenta o sistema de terceirização no mercado de trabalho brasileiro, interditaram vias e provocaram paralisação em serviços no Rio de Janeiro.   Em frente à Refinaria Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, um grupo de petroleiros e representantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT), atearam fogo em galhos e pneus colocados na pista, no sentido Rio da Rodovia Washington Luiz. As chamas foram controladas pelo Corpo de Bombeiros. A interdição, por volta das 8h, durou dez minutos e só foi suspensa após negociação com os policiais militares. Outras duas pistas continuaram ocupadas por cerca de uma hora e o engarrafamento, no local, chegou a 2 quilômetros. De acordo com a polícia ninguém ficou ferido.   Já em Benfica, na zona norte do Rio, a Rua Leopoldo Bulhões foi interditada parcialmente por um grupo de trabalhadores dos Correios. Eles também bloquearam os portões de acesso ao Centro de Tratamentos de Encomendas. A manifestação incluiu pedidos de melhores condições de trabalho, a realização de concurso público e a revisão do desconto do Instituto de Seguridade Social dos Correios e Telégrafos (Postalis).   Na avaliação do Sindicato dos Trabalhadores na Empresa de Correios e Telégrafos, a paralisação atrasou a distribuição de correspondências.O Centro de Tratamentos é responsável pela maior parte das encomendas enviadas para os centros de distribuição em todo o Rio de Janeiro.“Não deixa de afetar porque os caminhões estão parados aqui. Vai ser um ato que vamos encerrar daqui a pouco, mas foi necessário fazer porque não aguentamos mais as condições de trabalho precárias”, avaliou o presidente do sindicato, Ronaldo Martins.   Em nota, os Correios informaram que a paralisação não teve adesão de trabalhadores do Rio de Janeiro e limitou-se a interdição do acesso a unidade de Benfica. A empresa acrescentou que a situação voltou à normalidade após terminado o bloqueio. “As entregas estão sendo realizadas normalmente pelos Correios”, informou a empresa.   Sobre o Postalis, a nota esclareceu que, há dois planos, o BD Saldado e o PostalPrev. A contribuição extraordinária, segundo a empresa, é apenas para empregados do plano BD Saldado. “Os empregados admitidos após 2005 estão no plano PostalPrev e não têm qualquer alteração em seu plano. Pela Lei de Previdência Complementar, os fundos de pensão são obrigados a promover essa medida”, informou.   No centro do Rio, representantes das centrais sindicais se concentraram em um ato unificado em frente a Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan).  O ato unificado teve ainda a participação de servidores da Casa da Moeda e profissionais ligados ao Sindicato estadual de enfermeiros do Rio.   *Colaborou o repórter da Radioagência Nacional Dylan Araújo 

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