Busca por emprego leva até mais de 2 anos: em Minas, 82 mil pessoas tentam ingressar no mercado

Marciano Menezes
mmenezes@hojeemdia.com.br
14/02/2020 às 21:41.
Atualizado em 27/10/2021 às 02:38
 (Marcello Casal/Agência BrasiL)

(Marcello Casal/Agência BrasiL)

Em Minas Gerais, do contingente de 1,1 milhão de desempregados, 82 mil trabalhadores estão à procura de emprego há dois anos ou mais, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio - Contínua (Pnad-C), referentes ao último trimestre de 2019 e divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No Brasil, esse número alcança 2,9 milhões, o equivalente a cerca de 25% do total de desocupados.Marcello Casal/Agência BrasiLOs trabalhadores informais são a soma dos que estão sem carteira, domésticos sem carteira, empregador sem CNPJ, por conta própria sem CNPJ e trabalhador familiar auxiliar

“O número de desempregados em Minas não teve variação em relação ao trimestre anterior, o que mostra os empregos gerados para o final do ano não tiveram reflexo na taxa. Mas percebemos que para as pessoas que têm nível superior, a taxa de desocupação foi menor. Então, a qualificação e a escolaridade acabam contribuindo para a inserção no mercado de trabalho”, afirma Gustavo Fontes, coordenador da pesquisa do IBGE em Minas.

No Estado, a informalidade também permanece alta. A taxa média anual saltou de 37,9% em 2016 para 40,1% no ano passado. No Brasil, ficou em 41,1% (38,4 milhões de pessoas) da população ocupada. Entre as unidades da federação as maiores taxas médias foram registradas no Pará (62,4%) e Maranhão (60,5%) e as menores em Santa Catarina (27,3%) e Distrito Federal (29,6%).

Os trabalhadores informais são a soma dos que estão sem carteira, domésticos sem carteira, empregador sem CNPJ, por conta própria sem CNPJ e trabalhador familiar auxiliar.

Segundo a pesquisadora do IBGE Adriana Beringuy, o aumento do emprego no país tem sido puxado pelo crescimento da informalidade. “Em vários estados a gente observa que a taxa de informalidade é superior ao crescimento da população ocupada. No Brasil, do acréscimo de 1,819 milhão de pessoas ocupadas, um milhão é de pessoas na condição de trabalhador informal”, afirmou. “O trabalho por conta própria tem sido uma alternativa para muitas pessoas”, acrescentou Gustavo Fontes. 
 

Desemprego
A taxa de desemprego no país no quarto trimestre do ano passado ficou em 11%, ante 11,8 do tribmestre anterior. Atualmente, há no Brasil 12,6 milhões de desempregados.

Na passagem do terceiro para o quarto trimestre de 2019, a taxa de desemprego caiu em nove unidades da federação, com destaque para Maranhão (que recuou de 14,1% para 12,1%) e Pará (caiu de 11,2% para 9,2%). Nos demais estados, manteve-se estável. Em Minas Gerais, foi estimada em 9,5% no quarto trimestre de 2019, não apresentando variação estatisticamente significativa em relação ao trimestre anterior.
Com Agência Brasil
 

em Minas, 82 mil pessoas tentam ingressar no mercado de trabalho

 EM MINAS, 82 MIL PESSOAS TENTAM ENTRAR OU REINGRESSAR NO MERCADO DE TRABALHO
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DESEMPREGO – No Estado, taxa ficou em 9,5% no quarto trimestre de 2019, não apresentando variação significativa em relação ao trimestre anterior
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MARCELO CASAL JR - AGENCIA BRASIl

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