Câmara de BH aguarda notificação da Justiça para pagar cerca de R$ 17 mil a Wellington Magalhães

Liziane Lopes
llopes@hojeemdia.com.br
28/06/2018 às 16:00.
Atualizado em 10/11/2021 às 01:03
 (Cristiano Machado/ Hoje em Dia )

(Cristiano Machado/ Hoje em Dia )

A Câmara Municipal de Belo Horizonte aguarda a notificação da Justiça para retomar o pagamento de cerca de R$ 17 mil do salário do ex-vereador Wellington Magalhães, investigado por fraudes contra a administração pública, envolvendo direcionamento de licitações e recebimento de propinas. Na CMBH, o pagamento é feito no 5º dia útil do mês. E o  salário do ex-vereador está suspenso pela Justiça desde o dia 25 de maio.

Wellington Magalhães foi preso em abril de 2018, mas conseguiu um habeas corpus e cumpre prisão domiciliar desde o fim do mês passado. Nessa quarta (27), a Justiça determinou a retomada do pagamento. A decisão foi do desembargador Paulo Balbino do Tribunal de Justiça de Minas Gerais.  

No despacho do desembargador, ficou determinado ainda que o bloqueio de bens se limite a cerca de R$ 1,6 milhão. "Defiro a pretendida antecipação de tutela, para determinar a liberação da constrição judicial sobre os subsídios auferidos pelo recorrente, bem como para determinar que o bloqueio/indisponibilidade dos bens do requerido limite-se ao valor de R$ 1.594.444,53", deferiu.

No pedido, a defesa alega que Magalhães precisa do dinheiro para pagar pensão alimentícia e também para arcar com os custos do processo. 

A reportagem do Hoje em Dia tentou contato com o advogado do ex-vereador, que não atendeu as ligações.

O Ministério Público informou que aguarda notificação para se pronunciar. 

Investigações

A Câmara Municipal de Belo Horizonte analisa a cassação do mandato de Wellington Magalhães, acusado de desviar R$ 30 milhões do Legislativo Municipal. Segundo o Ministério Público, o vereador afastado registrou, de 2010 a 2016, gastos de R$ 1,594 milhão, R$ 520 mil a mais do que os rendimentos obtidos pelo parlamentar no período.

Segundo a denúncia do MPMG, há evidências de que Magalhães comandou um desvio de verbas em pelo menos dois contratos de licitação, quando ele era presidente da Câmara Municipal, entre 2014 e 2016. Outras sete pessoas também foram denunciadas no esquema. 


 

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