Câmara discute nesta quinta relaxamento em lojas e templos de BH

Da Redação
primeiroplano@hojeemdia.com.br
22/04/2020 às 20:11.
Atualizado em 27/10/2021 às 03:20
 (Bernardo Dias/Divulgação)

(Bernardo Dias/Divulgação)

Uma reunião presencial e virtual na manhã desta quinta-feira (23), na Câmara Municipal de BH, com vereadores e religiosos, vai discutir a reabertura de igrejas e templos religiosos na capital, fechados e proibidos de realizarem cultos e missas, como forma de combate à proliferação do novo coronavírus. Ontem, oito parlamentares também se encontraram na casa e propuseram retomada gradual das atividades econômicas na cidade, nos próximos 45 dias. 

De acordo com o autor do requerimento da reunião desta quinta, Autair Gomes (PSC), o objetivo é pedir à PBH que flexibilize a realização de cultos e missas, desde que respeitem os critérios de prevenção à Covid-19 e que tenham quantidade reduzida de fiéis. “Queremos cuidar da saúde psicológica e emocional do povo. As pessoas poderem ir à igreja é uma necessidade muito grande. Se um templo tem 200 pessoas, a flexibilização permitiria 20 fiéis por culto. Ou ainda uma missa a cada meia hora”, afirmou.

Segundo Autair, o requerimento para BH seria inspirado em decreto da Prefeitura de Betim, na região metropolitana. A reportagem procurou a gestão do município, contudo, foi informada de que os cultos e missas continuam proibidos. Segundo a prefeitura, a cidade permite apenas a realização de reuniões com público limitado e com duração de até 20 minutos. 

Para o infectologista Estevão Urbano, presidente da Sociedade Mineira de Infectologia e membro do Comitê de Enfrentamento à Epidemia do Covid-19, a volta da realização de cultos e missas, mesmo que com número reduzido de pessoas, pode atrapalhar todo o projeto de combate à contaminação pela doença em Belo Horizonte. “Imagine quantas igrejas existem na cidade, imagine todas essas pessoas circulando para irem a esses templos. Entendo que é inadequado, não é a hora certa”, afirmou. 

Ontem, parlamentares que voltaram a debater a flexibilização das restrições ao comércio defenderam a reabertura das lojas, mas de forma gradual, até meados de junho. Atualmente, podem funcionar apenas serviços essenciais (supermercados, padarias e farmácias) e restaurantes e lanchonetes para entregas em domicílio ou na porta do estabelecimento. 


 

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por