Câmeras de segurança filmam espancamento de mulher no interior de SP

Estadão Conteúdo
01/11/2016 às 13:33.
Atualizado em 15/11/2021 às 21:28
 (Reprodução/Estadão)

(Reprodução/Estadão)

A Polícia Civil vai indiciar por lesão corporal nesta terça-feira, 1º, o pedreiro Kelvin Luiz Assis Soares, de 24 anos, acusado de ter agredido com socos, joelhadas e chutes uma jovem de 18 anos, em Álvaro de Carvalho, no interior de São Paulo. O espancamento foi gravado por uma câmera de monitoramento, e as imagens foram divulgadas nesta segunda-feira, 31.

O agressor é filho de um vereador da cidade e tem fama de violento. Ele manteve relacionamento com a vítima, com quem tem uma filha de 3 anos. O suspeito já foi condenado por lesão corporal grave durante uma briga, mas continuou em liberdade.

As imagens mostram a vítima sentada em uma mesa, na frente de um bar, com outra jovem, quando Kelvin chega e vai desferindo socos. A jovem se levanta e tenta escapar, mas ele a puxa pelos cabelos e desfere vários golpes com o joelho. Foram oito joelhadas no peito e no rosto, além de um chute na cabeça da vítima.

O nariz dela começa a sangrar e, quando tenta se afastar do local, já fora do alcance da câmera, a jovem volta a ser agredida. Um funcionário do bar, que já estava com as portas baixadas, tentou ligar para a polícia, mas foi ameaçado pelo agressor.

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A jovem foi socorrida pela amiga e só prestou queixa à Polícia Civil dois dias depois, o que evitou que o agressor fosse preso em flagrante. Ela passou por exame de corpo de delito e foi colocada sob medida protetiva, deferida pela Justiça local.

De acordo com a delegada Darlene Rocha Costa, o rapaz já tem ao menos dez registros de violência contra pessoas, de agressões a tentativa de homicídio, além de desacato. Há ainda um registro anterior de violência contra a jovem.

A delegada informou que o pai de Kelvin, o vereador Luiz Geraldo Assis Soares (DEM), procurou a Polícia Civil nesta terça-feira, e manifestou condescendência com o comportamento do filho.
Procurado pela reportagem, o rapaz, que trabalha como pedreiro na construção da penitenciária da cidade, não deu retorno.

Até o início da tarde, ele não tinha constituído advogado. O vereador também foi procurado e não retornou.

Para assistir ao vídeo, clique aqui.

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