C3 usado vende mais que bem cotados como Polo

Marcelo Ramos
miramos@hojeemdia.com.br
13/08/2018 às 10:19.
Atualizado em 10/11/2021 às 01:52
 (Citroën)

(Citroën)

O Citroën C3 é um automóvel que carrega uma pecha negativa que é de responsabilidade da própria marca. A fama de ter manutenção cara, desvalorização elevada e um crônico problema de suspensão é a vilã que atormenta o compacto que, justiça seja feita, é bastante qualificado. E a prova de que o C3 é um bom automóvel é seu bom volume de venda no mercado de usados. 

Somente em julho foram negociadas 7 mil unidades, segundo boletim da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). Para se ter uma ideia, no mesmo período trocaram de dono 4 mil unidades do incontestável Polo. Ou seja, para um carro com reputação controversa, seu desempenho no varejo de usados é mais que positivo e não tem nada de casamento indissolúvel.

O C3 chegou ao mercado em 2003, pouco depois do primo Peugeot 206. Os dois derivam do mesmo projeto, inclusive com a frágil suspensão que também custou caro à reputação do compacto do Leão. Em 2012, a Citroën lançou a segunda geração, que corrigiu a suspensão –ficou mais robusta para suportar o padrão nacional de pavimentação. 

Boca maldita
No entanto, ainda restam broncas sobre a desvalorização acentuada e do custo elevado de manutenção. São problemas que fazem parte de um círculo vicioso e que necessariamente não têm relação com a qualidade do automóvel. 

O baixo volume de emplacamentos (cerca de 500 carros por mês) impacta na economia de escala de peças, que acabam sendo mais caras que as similares de modelos de grande volume. Efeitos que vão aparecer na nota da oficina. 

Virtudes
O C3, por outro lado, tem boas virtudes. O compacto tem montagem esmerada, boa qualidade de acabamento e uma gama de motores modernos, como a unidade 1.2 de 90 cv e a unidade 1.6 de 122 cv.

Para quem busca um usado sem muitos anos de estrada e bom conteúdo, a versão topo de linha Exclusive 1.6 automático, ano 2015, é avaliada na Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) pelos mesmos R$ 45 mil e traz um pacote farto com direito à direção elétrica, ar-condicionado, trio elétrico (vidros, trava e retrovisores elétricos), rádio (com CD, USB e Bluetooth), sensores de ré, chuva e crepuscular, para-brisas Zenith, faróis de neblina, luzes diurnas em LED e rodas aro 16.

Novo, a mesma versão parte de R$ 65 mil, cerca de R$ 1 mil a mais que a versão topo de linha do Onix, a LTZ automática. A mesma versão do Chevrolet, ano 2015, é avaliada pela Fipe por R$ 44.307. Ou, seja praticamente a mesma desvalorização, o que indica que muito da fama do francês segue os mitos do varejo de usados.

Considerando que se trata de um carro com três anos de uso, com quilometragem entre 40 mil e 50 mil quilômetros, o custo da manutenção, segundo o programa da Citröen para o C3 até 2016, fica em R$ 922 (40.000 km) e R$ 794 (50.000 km). 

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