Cabras preferem gente sorridente, aponto estudo científico

Agence France Presse
29/08/2018 às 11:09.
Atualizado em 10/11/2021 às 02:10
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As cabras são capazes de perceber diferentes expressões humanas e preferem pessoas sorridentes, segundo um estudo publicado nesta quarta-feira (29). 

"Sabíamos que as cabras prestavam atenção na linguagem corporal humana, mas não sabíamos como reagiam a certas expressões como raiva e felicidade", explicou à reportagem Christian Nawroth, um dos autores do estudo, publicado na Royal Society Open Science. 

"Mostramos pela primeira vez que as cabras não apenas são capazes de distinguir estas expressões, mas que também preferem interagir com rostos felizes", acrescentou o biólogo, funcionário da Universidade Queen Mary de Londres, que realizou a pesquisa no verão de 2016.

A cabra não é o único mamífero que reconhece emoções humanas. 

Os cães, domesticados desde a pré-história, sabem reconhecer muito bem as expressões dos rostos humanos. Recentemente, estudos mostraram que os cavalos também são capazes de perceber tais expressões faciais e recordá-las. 

Estas duas espécies "foram domesticadas para cooperar com os homens em vários contextos como a caça, a proteção e o deslocamento", e a percepção das expressões faciais humanas é, provavelmente, fruto de uma adaptação das duas espécies a "estes contextos cooperativos". 

Por outro lado, "as cabras foram domesticadas unicamente para fornecer diferentes produtos destinados ao homem", e os esforços de seleção se concentraram em tamanho, reprodução, produção de leite e etc. 

A equipe de pesquisa observou o comportamento de 20 cabras diante de rostos humanos em um abrigo em Buttercups, em Kent (Reino Unido), onde os animais podiam se deslocar livremente. 

A cada vez eram apresentadas a duas imagens em preto e branco da mesma pessoa, uma sorrindo e outra contrariada, e as cabras preferiam interagir com a sorridente.

A reação das cabras não foi influenciada pelo sexo da pessoa. 

Em média, as cabras passaram 50% mais tempo olhando e interagindo com a imagem do rosto feliz (1,4 segundo) do que com o rosto contrariado (0,9 segundos), precisou Christian Nawroth.

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