(Divulgação PRF)
Caminhoneiros que protestam contra o aumento da alíquota do PIS/Cofins sobre os combustíveis voltaram a interditar rodovias que cortam Minas Gerais. Nesta quinta-feira (6), segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), pelo menos sete trechos foram fechados pelos manifestantes.
Em Patrocínio, no Ato Paranaíba, o ato ocorre nesta tarde na altura do km 480 da BR-040. Lá, somente carros, ônibus e ambulâncias estão conseguindo trafegar. Em Conselheiro Lafaiete, na Região Central do Estado, o protesto fecha parcialmente o trânsito no km 634 da mesma rodovia.
Transtorno
Durante a manhã, um dos pontos bloqueados foi no km 602 da BR-040, em Congonhas, na região Central de Minas. De acordo com a PRF, o tráfego ficou impedido em ambos os sentidos, liberado apenas a passagem para veículos pequenos, ônibus e demais casos de emergência. Lá, os veículos de carga foram parados e obrigados a aderir ao movimento.
Ainda na rodovia, desta vez em Matias Barbosa, na Zona da Mata, os manifestantes fecharam o trânsito no km 807. A mesma rodovia foi fechada por manifestantes nos kms 720 e 467, em Barbacena e Sete Lagoas, respectivamente. Em todos esses trechos o trânsito já foi liberado.
Durante boa parte da manhã a BR-381, na altura do km 513, em Igarapé, Região Metropolitana de Belo Horizonte, também ficou parcialmente interditada. A Auto Pista Fernão Dias informou que o trânsito foi impedido nos dois sentidos da estrada para veículos de carga. O congestionamento chegou a cinco quilômetros no sentido São Paulo e quatro no sentido Belo Horizonte.
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Manifestação
O movimento dos caminhoneiros foi organizado nas redes sociais e em grupos de WhatsApp, afirma o presidente da União Nacional dos Caminhoneiros (Unican), José Araújo Silva, o China. "E, pelo que estamos vendo até agora, é um movimento bastante forte."
Além do aumento dos impostos sobre os combustíveis, os motoristas também reclamam da redução dos investimentos na melhoria das estradas. Com a delicada situação fiscal do país, o governo fez um corte radical nos investimentos, especialmente da área de infraestrutura. Dos R$ 36,1 bilhões previstos na Lei Orçamentária para este ano no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), apenas R$ 19,7 bilhões estão disponíveis. A redução total, após dois sucessivos bloqueios, chega a 45,4%.