Campanha de Pimenta da Veiga fica mais agressiva na reta final

Aline Louise - Hoje em Dia
09/09/2014 às 07:42.
Atualizado em 18/11/2021 às 04:07
 (Flávio Tavares)

(Flávio Tavares)

A menos de um mês das eleições, o candidato da coligação “Todos por Minas”, Pimenta da Veiga (PDSB), sobe o tom da campanha, no que chamou de “ação política” dentro da sua estratégia eleitoral. Esta semana, o programa na TV do tucano deve exibir imagens do seu principal adversário, Fernando Pimentel (PT), ao lado do deputado federal New-ton Cardoso (PMDB), que já teve o nome envolvido em vários escândalos de corrupção.

“Nós vamos continuar apresentando nossas propostas e vamos também fazer uma ação política na campanha. Do mesmo modo que o nosso adversário, candidato do PT, que curiosamente não exibe o seu partido, não exibe as suas companhias, está contestando as nossas ações administrativas, sem nenhuma base, nós vamos agir politicamente, mostrando quais são as suas companhias, quais são as omissões do governo federal em relação a Minas Gerais”.

O novo escândalo da Petrobras, que está sendo apelidado pelos tucanos de “Mensalão 2”, também deve ser um dos temas explorados. “Nós vamos ajudar o mineiro a refletir sobre os fatos. Isto que aconteceu na Petrobras eu não me lembro de ter visto até esta terça-feira (9) uma corrupção mais escandalosa, mais escabrosa do que esta. Envolve, segundo a imprensa está dizendo, um número próximo a R$ 10 bilhões, para financiar apoio ao PT no Congresso Nacional. Eu não conheço nenhum número mais forte do que esse, não me lembro, em nenhuma época. Portanto, os fatos precisam ser investigados”, disparou.

Sobre o fato de o PT ter enviado nota a imprensa, comentando o caso Petrobras e lembrando que Pimenta da Veiga também já foi indiciado por lavagem de dinheiro e envolvimento com Marcos Valério, o tucano disse que não teme investigações. “É evidente que o PT agora vai começar a nos agredir, porque isso é característico do PT, mas esta investigação tem que ir a fundo. O que nós queremos é isso. E aqui não fala o candidato, fala o cidadão, não é possível que uma denúncia, feita por um diretor nomeado pelo PT, foi diretor durante 10 anos, no governo Lula e no governo Dilma, uma denúncia de que entregou dinheiro a deputados, senadores, governadores e ministros de estado, não é possível que essa investigação não vá a fundo”, concluiu.

Otimista quanto aos rumos das eleições, Pimenta disse que estes fatos não precisam alterar os resultados da campanha, que tem se encaminhado para sua vitória. “Está bem, porque o candidato nosso adversário está perdendo pontos e nós estamos ganhando pontos. Tudo indica que em alguns dias essas linhas irão se cruzar e nós estaremos a frente na campanha”, disse.

A última pesquisa divulgada sobre a disputa estadual, pelo Datafolha, mostra Pimentel com 32% das intenções de voto, contra 24% de Pimenta, 8 pontos de vantagem.

Carta de reivindicações

Nessa segunda-feira (8), Pimenta da Veiga se reuniu com a diretoria da Santa Casa e recebeu uma carta de reivindicações, que já foi entregue também aos outros candidatos ao Governo. Segundo ele, caso seja eleito, irá fazer uma parceria com a Santa Casa, possibilitando financiamento à instituição através do BDMG. O superintendente do grupo Santa Casa, Porfirio Andrade, lembrou que a instituição não tinha acesso aos bancos de fomento, BDMG, BNDES, porque não possuia certidão negativa. “Agora, com o programa que a gente aderiu, o Pró SUS, a gente vai ter essa certidão negativa. A partir daí, usar os bancos estatais é melhor, porque as taxas são menores. O que a gente espera é isso, que a saúde seja tratada como outros setores da economia”, disse. 

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