Candidato do Partido Novo à prefeitura de BH propõe reduzir máquina pública

Luisana Gontijo
lgontijo@hojeemdia.com.br
20/10/2020 às 19:38.
Atualizado em 27/10/2021 às 04:50
 ( Márcio Rodrigues-Divulgação)

( Márcio Rodrigues-Divulgação)

Enxugar a estrutura administrativa da Prefeitura de Belo Horizonte, diminuindo o número de secretarias das atuais 14 para 10, é uma das principais propostas do candidato do Partido Novo ao comando do Executivo na capital mineira, Rodrigo Paiva. Em live no Instagram do Hoje em Dia, nesta terça-feira, Paiva informou que a economia gerada com esse enxugamento seria revertida a um plano para a redução de impostos no município.

Engenheiro, empresário da área de Tecnologia da Informação e ex-presidente da Prodemge – empresa de TI do Estado –, Paiva citou como exemplo os 5% de ISS cobrados em Belo Horizonte, ao passo que outros municípios da região metropolitana mantêm o imposto em 2%. Isso, considerou o c[TEXTO]andidato, estaria afastando muitas empresas da capital mineira.

O candidato sinalizou que o enxugamento da máquina administrativa municipal que propõe não afetaria a quantidade de regionais em que é dividida a gestão. “É importante fortalecer a visão regional. Estou pesquisando muito sobre Belo Horizonte e vi que o gabinete do prefeito tem um gasto mensal de quase R$ 40 milhões. O maior gasto é com aluguel. Colocaram, na reforma administrativa da PBH, todas as regionais dentro do gabinete do prefeito”, apontou.

Uma afirmativa polêmica de Rodrigo Paiva na live desta terça-feira foi a de que discorda que a população venha a ser obrigada a se vacinar contra a Covid-19, tão logo haja um medicamento disponível para isso. 

“Acho que a opção de se vacinar ou não é do indivíduo. Se a vacina for efetiva, não vejo por que o indivíduo não vá querer tomá-la. Ele deve decidir se quer tomar a vacina ou não”.

A saúde, apontou Paiva, “vai ser um tópico da nossa gestão. Temos visto que em BH, em alguns casos, para consultas com especialistas, você demora de um ano a um ano e meio para conseguir vaga. Vamos usar e abusar da tecnologia. Estamos chamando nosso projeto de Telessaúde. Envolve teleconsulta, com telemonitoramento ou teleconsultoria”.

Segundo o candidato, a ideia é que, quando um cidadão procurar um posto de saúde, o próprio médico que o atender ligue para um especialista – caso avalie que é disso que o paciente precisa – e faça uma teleconsultoria, evitando que a pessoa precise esperar de um ano a um ano e meio por esse tipo de atendimento.

“A gente quer entregar um resultado de exame de forma digital. Queremos o BH Resolve na palma da mão do cidadão. BH vai ser uma cidade amiga da internet. Estávamos na 97ª posição nesse ranking, entre 100 cidades consideradas amigas da internet, com mais acesso. Evoluímos para a 92ª posição”, falou ainda o candidato do Partido Novo.

Questionado sobre as propostas para enfrentamento da pobreza na capital, caso seja eleito prefeito, Rodrigo Paiva informou que pretende mapear a população de rua do município. “O número de moradores em situação de rua de BH aumentou drasticamente. Infelizmente, a prefeitura não tem uma estatística com dados oficiais. Vou mapear e fazer um quadro com essas pessoas”, disse, contando ter indicativos de que haveria 12 mil pessoas em situação de rua na cidade.

“Quero dar dignidade a essas pessoas. A primeira coisa que vamos fazer é dar um local para que elas façam a higiene pessoal. BH não tem sequer banheiro público. A melhor forma de dar dignidade a uma pessoa é dar trabalho. E como vamos fazer isso? Mudando o plano diretor, que é equivocado, espantou as empresas para outras cidades”, argumentou. 

Na live do Hoje em Dia, Rodrigo Paiva afirmou ainda que é o candidato do governador de Minas Gerais, Romeu Zema, à Prefeitura de Belo Horizonte. 

“Quem é o candidato do Partido Novo e do governador Romeu Zema é o Rodrigo Paiva. Inclusive, os outros candidatos estão tentando tirar uma casquinha do governador”, brincou ele, dizendo acreditar que as pesquisas que apontam o atual prefeito, Alexandre Kalil, com grande vantagem rumo à reeleição vão mudar. “E vamos vencer esta eleição”.

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