Capital mineira qualificará pessoal do ramo de semicondutores

Raul Mariano - Hoje em Dia
11/10/2014 às 06:50.
Atualizado em 18/11/2021 às 04:34
 (Divulgação)

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Belo Horizonte terá um polo de qualificação profissional para atender às demandas da indústria de circuitos integrados e semicondutores. A iniciativa tem como foco principal criar mão de obra especializada e, também, atrair novas empresas do ramo de tecnologia para o Estado.   O Centro de Treinamento de Projetistas e de Tecnologias de Fabricação de Circuitos Integrados de Belo Horizonte (CT-BH) tem previsão para ser inaugurado em março de 2015 e, apenas em infraestrutura física, contará com um investimento de R$ 500 mil reais. O investimento total será de R$ 5 milhões.   O projeto é fruto da parceria entre o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig) e a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). O centro funcionará no BH-Tec, ao lado do Campus Pampulha da UFMG   Com foco na especialização de profissionais já graduados em física, química, engenharia eletrônica e áreas afins, o CT-BH já tem apoio de empresas como a Six Semicondutores – que está sendo construída em Ribeirão das Neves, na Grande BH –, e a Kadence, empresa desenvolvedora de software para chips com escritório em Belo Horizonte.   Expectativa   O assessor de Prioridades Estratégicas da Presidência da Fiemg, Marcos Mandacaru, ressalta que Mina[/LEAD]s Gerais reúne diversas qualidades que favorecem o desenvolvimento de uma indústria de tecnologia competitiva.   “Nosso Estado está despontando no cenário nacional nessa retomada da indústria microeletrônica. Além das novas empresas que já estão chegando, temos a UFMG, que está entre as três melhores universidades do Brasil nas competências que vão ser demandadas por esse segmento”, comenta.   Para o diretor do Centro Brasileiro de Inovação e Tecnologia (Csem Brasil), Luiz Otávio Siqueira César, a chegada do CT-BH vai contribuir para que o país volte ao campo de jogo da indústria eletrônica.   Em 10 anos, projeta César, é factível que o país tenha uma indústria de microeletrônica com alguma competitividade, caso haja um esforço integrado. “Quem tentou seriamente conseguiu. Temos exemplos disso em Taiwan e na China, por exemplo. Sendo que esses países tinham condições desfavoráveis, bem diferentes da nossa”, destaca.   O presidente da Fapemig, Mario Neto Borges, afirma que as expectativas são as melhores possíveis, já que essa é uma oportunidade de o Estado se tornar menos dependente da economia dos produtos básicos, como o minério.   Projeto nacional   O Centro de Treinamento de Projetistas e de Tecnologias de Fabricação de Circuitos Integrados de Belo Horizonte (CT-BH) faz parte do programa CI-Brasil, elaborado pela Secretaria de Política de Informações do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). O programa tem como proposta principal desenvolver um ecossistema em microeletrônica, capaz de inserir o país no cenário internacional de semicondutores. Segundo o Protocolo de Intenções, o CT-BH trará para a capital mineira atividades de treinamento, pesquisa, desenvolvimento, propriedade intelectual, inovação e formação empreendedora, incluindo as tecnologias de micro e nanoeletrônica, de software e da informação e comunicação.

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