Carro elétrico: conversão de antigos cresce nos EUA e Europa

Marcelo Jabulas
@mjabulas
12/06/2021 às 11:02.
Atualizado em 05/12/2021 às 05:09
 (GM/Divulgação)

(GM/Divulgação)


A eletrificação do automóvel é um caminho sem volta, apesar de ser ficção em muitos mercados, inclusive o Brasil, que ainda engatinha nessa nova fase da mobilidade. Mas, na Europa, o cenário é bem diferente. Mercados como o norueguês já vendem mais carros eletrificados que modelos a combustão. 

E da mesma forma que as principais marcas do Velho Mundo se comprometeram a abandonar o motor a combustão já na próxima década, também há empresas que se especializaram a converter velhas carangas em espertos elétricos. 

A Electric Classic Cars é uma delas. A empresa britânica já converteu de tudo: Mini, Fusca, 500, Defender, Kombi e até uma rara Mercedes-Benz 300SL Roadster. 

Ferrari

Uma das mais recentes conversões foi numa Ferrari 308 GTS, dos anos 1980. A empresa substituiu o antigo V8 2.9 aspirado de 214 cv por um módulo de elétrico da Tesla de 456 cv e 61,1 kgfm. 

Apesar de a 308 ter mais que duplicado sua potência, as conversões da empresa buscam não ir além da capacidade dos carros. Um Fusca recebeu motor de 71 cv e baterias de 21 kWh, que garantem 160 quilômetros de autonomia. 

O mesmo conjunto foi adicionado numa Kombi. Já um simpático Fiat 500 (de primeira geração) ganhou motor de 47 cv e baterias de 11 kWh, que rodam até 100 quilômetros. 

Outra conversão que pode torcer o nariz dos puristas foi feita com um Porsche 911 Targa. Ele recebeu motor de 130 cv e baterias com autonomia para 320 quilômetros. A potência pode parecer pouca quando se pensa num 911. 

Mas é preciso lembrar que os primeiros flat six de 2.0, 2.2 e até 2.4 litros tinham potências iniciais próximas da unidade elétrica. Por outro lado, o torque 29 kgfm deu ao velho Targa uma aceleração bem mais divertida.

A empresa ainda oferece kits para quem quiser tocar o projeto por conta própria, assim como estações de recarga. A Electric Classic Cars argumenta que as conversões ajudam o bolso do proprietário, que poupam com abastecimento e até mesmo com tributos, uma vez que há estímulos para o uso de carros elétricos no Velho Mundo. 

De fábrica

Muitos fabricantes vêm mostrando projetos elétricos com modelos clássicos. A Jaguar eletrificou um E-Type, assim como a Volkswagen adicionou motor elétrico numa Kombi “Corujinha” de primeira geração. 

Recentemente a General Motors apresentou uma versão elétrica do Chevrolet Blazer K5. O clássico utilitário serviu de cartão de visitas para o novo serviço da GM, que é oferecer kits de conversão para modelos clássicos do grupo.

E aí, já sabe qual barca das antigas você gostaria de eletrificar?

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