Carros automáticos: Eles são quase metade das vendas, veja quais são os mais acessíveis

Marcelo Ramos
10/05/2019 às 18:23.
Atualizado em 05/09/2021 às 18:36
 (GM)

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 Automóveis com transmissão automática caíram no gosto do consumidor brasileiro – que já descobriu que ter um equipamento que troq[/TEXTO]ue as marchas é um grande conforto, principalmente em vias cada vez mais congestionadas. 

E uma prova de que as caixas automáticas estão em alta é o estudo que a Bright Consultants publicou em fevereiro. Segundo o balanço lançado em 2018, 49% dos carros de passeio emplacados tinham caixa automática. A VW, que também fez um levantamento, aponta 40%. Mas os dois estudos concordam que em 2020 os automáticos terão superado os 50% do mercado.

Uma das razões para o aumento desse percentual se dá pelo fato de que modelos da prateleira de baixo desapareceram das concessionárias. Até 2014, os populares ainda reinavam no mercado de automóveis. 

O agravamento da crise, a escassez de crédito e até mesmo a obrigatoriedade do airbag e ABS (que forçou a aposentadoria do Gol G4 e do Mille) acabaram derrubando o segmento de entrada. Além disso, a saída de modelos como Classic e Celta também contribuiu para uma debandada dos populares e consequentemente os percentuais de modelos mais sofisticados tiveram elevação.<EM>

Oferta
Com o consumidor de populares impedido de comprar carro novo, devido às restrições de crédito, os fabricantes perceberam que o ideal seria qualificar os compactos, com um pacote de conteúdos mais farto. Inclusive a caixa automática, para os tornarem mais atrativos e gerar a chamada economia de escala, que contribuía para o custo de produção.

Tanto é que muitos modelos, de tíquete mais alto, deixaram de ofertar caixas manuais. Um exemplo é o Honda HR-V que só é vendido com transmissão do tipo CVT. Aliás, entre os SUVs, a caixa automática é regra e corresponde a quase 90% dos licenciamentos.<EM>

Degrau de baixo
Bom, fato é que são automóveis caros e que não custam menos de R$ 80 mil. No entanto, há opções de compactos automáticos (seja com uso de conversor de torque ou CVT) que não são baratos, mas também não doem tanto no bolso.

Chevrolet Onix Advantage 1.4 AT6 - R$ 55.390
O Chevrolet Onix é o líder de vendas no Brasil há quatro anos e oferece nada menos que quatro versões automáticas: LT, Advantage, LTZ e Activ. Todas combinam a unidade 1.4 de 106 cv e transmissão automática de seis marchas. A opção mais em conta no portfólio do Onix é a Advantage, que oferece um pacote de conteúdos mais simples, justamente para não carregar demais no preço da transmissão sem embreagem. Entre os itens de série, a versão conta com: ar-condicionado, direção elétrica, vidros dianteiros e trava elétrica nas portas, além de rádio com Bluetooth, USB e MP3. A segunda opção mais acessível é a LT, que salta para R$ 60 mil. Em termos de consumo, o Onix automático tem médias na casa de 10,2 km/l, com uso de gasolina, no combinado entre urbano e rodoviário.

Ford KA SE 1.5 at6 - R$ 56.940
A Ford demorou para entregar uma caixa automática ao Ka. Uma das razões era que o carrinho ainda convivia com o Fiesta, este que foi acometido pela maldição da transmissão de dupla embreagem PowerShift. A caixa caiu em desgraça por uma falha de projeto e acabou sendo retirada do mercado. Por outro lado, o Ka ganhou uma unidade de seis marchas com conversor de torque. A caixa causou muito bem com o nervosinho motor 1.5 três cilindros de 136 cv e oferece ótimo comportamento na cidade e na estrada. Assim como o Onix Advantage, o KA SE é a opção mais em conta da linha com caixa automática e oferece uma lista magra com ar-condicionado, direção elétrica, travas e vidros dianteiros elétricos, sem rodas de liga leve e demais refinamentos.

Hyundai HB20 comfort plus 1.6 AT6 - 59.990
Vice-líder de vendas e prestes a ganhar uma plástica completa, o HB20 segue como um dos modelos mais procurados do mercado. A versão Comfort Plus é a opção mais em conta com caixa automática. Por outro lado é a mais cara da lista. O carrinho caiu no gosto do consumidor pelo estilo moderno, assim como pela boa oferta de conteúdo. A versão conta com itens como direção hidráulica, ar-condicionado, vidros dianteiros e traseiros elétricos, assim como multimídia (Android Auto, Apple CarPlay, TV digital e Bluetooth). O HB20 automático é um carrinho esperto, muito em função do motor 1.6 de 128 cv. O consumo médio, com álcool, gira em torno de 7,5 km/l, no combinado urbano e rodoviário.

 Toyota Etios X 1.3 AT4 - R$ 56.390
O Etios está longe de ser uma unanimidade em beleza. Pelo contrário. No entanto, sempre foi um carrinho interessante. A versão automática mais acessível desse Toyota combina o motor 1.3 de 98 cv com uma transmissão de quatro velocidades, sem a mesma eficiência das caixas de seis velocidades, mas com muita comodidade no cotidiano. Por ser uma opção de acesso, o Etios X também não conta com uma lista gorda de equipamentos. O pacote de série inclui direção elétrica, ar-condicionado, vidros dianteiros e traseiros elétricos, além de travas elétricas. As rodas são de aço estampado e não há opção de faróis de neblina.

Para quem busca mais conforto a pedida pode ser o Yaris, que salta para R$ 68.590.

 Volkswagen Gol 1.6 at6 - R$ 57.260
O Gol demorou mais de 30 anos para finalmente receber uma transmissão automática de verdade. Antes dela, apenas a famigerada caixa robotizada I-Motion, que deixou der ser oferecida. O Gol automático estreou no ano passado como a opção mais barata para quem busca um VW sem pedal de embreagem. Ele utiliza motor 1.6 de 120 cv e transmissão de seis velocidades. Trata-se do mesmo conjunto oferecido também ao Polo, na versão automática de entrada e que parte de R$ 64.850. De série, a versão tem pacote comedido e oferece apenas ar-condicionado, direção hidráulica, vidros dianteiros elétricos e travas elétricas. No entanto, pode receber quatro opções de pacotes opcionais que podem elevar o preço final para R$ 61 mil.

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