Cemig perde todas as quatro usinas hidrelétricas disputadas em leilão

Amália Goulart
amaliagoulart@hojeemdia.com.br
27/09/2017 às 10:44.
Atualizado em 15/11/2021 às 10:45
 (Divulgação - Cemig)

(Divulgação - Cemig)

A Cemig perdeu as quatro usinas hidrelétricas, São Simão, Miranda, Jaguara e Volta Grande. A Companhia não conseguiu arrematar nenhum dos ativos. Agora, deve começar uma nova batalha judicial, já que a empresa mineira deve tentar anular ao menos o leilão da usina de Miranda junto ao Supremo Tribunal Federal. 

A empresa State Power Investmet Corporation venceu o leilão pela usina de São Simão, o ativo mais valioso operado pela Cemig, posto à venda pelo governo federal hoje na B3, em São Paulo. O valor de arremate foi de R$ 7,180 bilhões. 

Os franceses da Engie levaram Jaguara por R$ 2,171 bilhões. O valor foi superior ao lance inicial de R$ 1,911 bilhão. Eles também arremataram Miranda, por R$ 1,38 bilhão. A Cemig tinha esperança de manter Miranda. O grupo Engie é o segundo maior do mundo no ramo.

A italiana Enel levou a usina de Volta Grande por R$ 1,419 bilhão. 

A Aliança, joint venture entre Vale e Cemig, também está no páreo. A expectativa é de levar ao menos a usina de Miranda, uma das menores. 

As ações da Cemig apresenta, alta. O mercado não vê com olhos ruins a possível derrota da empresa no leilão, já que a manutenção dos ativos pode significar dispêndio para uma empresa já endividada.

leiloadas por R$ 12,1 bilhões

O montante arrecadado será usado pelo governo para tentar fechar as contas deste ano, com o déficit previsto de R$ 159 bilhões.

Os vencedores ofertaram o maior valor de notificação pela outorga, respeitado o valor mínimo para cada usina.

Protesto

Do lado de fora, movimentos sindicais protestavam contra o pregão. Durante o certame, alguns manifestantes conseguiram entrar na B3 e protestaram segurando cartazes contrários à privatização. Eles argumentam que o leilão entregará o patrimônio nacional para estrangeiros, o que implicará no aumento das contas de luz.

Confira análise de Amália Goulart, editora do Hoje em Dia.

  

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