Cenipa não tem prazo para concluir investigações de acidente que matou Campos

Agência Brasil
13/08/2015 às 10:49.
Atualizado em 17/11/2021 às 01:20

O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) ainda não concluiu as investigações sobre as causas da queda do avião Cessna 560-XL, em que morreu, em plena campanha eleitoral, o então candidato do PSB à Presidência da República, Eduardo Campos, e mais seis pessoas. O acidente ocorreu em Santos, no litoral paulista, no dia 13 de agosto do ano passado.

Em nota, o Cenipa informou que está na fase final de análise dos dados, mas não estabeleceu prazo para a conclusão das investigações. Segundo o órgão, responsável por investigar acidentes aéreos no Brasil, foram feitos estudos e testes de performance e dos sistemas da aeronave, verificadas as habilitações e o treinamento dos pilotos, além das condições climáticas no dia do acidente e a manutenção do avião.

Em janeiro de 2015, o Cenipa descartou as hipóteses de que o Cessna tivesse colidido com aves, drones ou outras aeronaves. O avião, segundo relatório preliminar divulgado em janeiro, não estava voando invertido antes da queda, e os motores funcionavam no momento do impacto com o solo. De acordo com o Cenipa, os pilotos fizeram rota diferente do previsto na carta de aproximação por instrumentos para pouso na Base Aérea de Santos.

As investigações mostraram ainda que o gravador de voz do jato não registrou as conversas ou sons ambientes durante o último voo da aeronave. Segundo a assessoria da Aeronáutica, as duas horas de áudio gravadas e analisadas por peritos do Cenipa não correspondiam ao voo em que Campos e mais seis pessoas morreram.

Mesmo antes do fim das investigações, o Cenipa recomendou à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), no fim do ano passado, que fosse fiscalizada a obrigatoriedade do cumprimento da norma que prevê treinamentos de familiarização e de diferenças nas aeronaves da série CE560-XL, fabricadas pela Cessna Aircraft Company. Isso porque foi observado nas investigações que os pilotos não haviam passado pelo treinamento específico para o modelo do jato em que morreu Eduardo Campos, o assessor Pedro Almeida Valadares Neto, o assessor de imprensa Carlos Augusto Ramos Leal Filho (Percol), Alexandre Severo Gomes e Silva (fotógrafo), Marcelo de Oliveira Lyra (assessor da campanha) e os pilotos Marcos Martins e Geraldo da Cunha.

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