Chanceleres da Unasul farão mediação na Venezuela

Lisandra Paraguassu
13/03/2014 às 06:24.
Atualizado em 20/11/2021 às 16:36

A mediação política entre o governo da Venezuela e os grupos de oposição no país será feita pelos próprios chanceleres dos países que formam a União de Nações Sul-americanas. Uma reunião que deverá incluir todos os lados da crise venezuelana e os chanceleres deverá ser marcada para, o mais tardar, a primeira semana de abril.

A criação da comissão ministerial foi acertada nesta quarta-feira (12), na reunião extraordinária da organização em Santiago. Depois de quase quatro horas de encontro, os chanceleres optaram por uma declaração que, embora manifeste "enérgico rechaço" aos atos de violência e preste solidariedade ao povo e ao "governo democraticamente eleito" da Venezuela, cobra o respeito às liberdades fundamentais, incluindo a liberdade de expressão e reunião pacífica, circulação e livre trânsito, classificadas como condições fundamentais à integração da região.

A opção por uma comissão formada por ministros foi a estratégia encontrada pela Unasul para tentar baixar o tom de confronto entre governo e oposição. Fontes diplomáticas ouvidas pelo 'Estado' avaliam que a presença política dos ministros vai obrigar ao diálogo concreto e também fará com que os principais grupos de oposição, que até agora se recusaram a participar da conferência de paz chamada por Nicolás Maduro, se sintam obrigados a comparecer.

A Mesa de Unidade Democrática, o principal grupo de oposição da Venezuela, enviou uma carta à Unasul, em que garantia a participação em um diálogo com uma pauta clara e onde houvesse um terceiro mediador. A decisão da Unasul atende essas reivindicações e dificulta a recusa em participar.
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