Chevrolet Bolt EV: testamos o carrinho a pilha da GM

Marcelo Ramos
miramos@hojeemdia.com.br
09/11/2018 às 15:20.
Atualizado em 28/10/2021 às 01:45
 (Marcelo Ramos)

(Marcelo Ramos)

A eletrificação dos automóveis no Brasil ganhou fôlego no Salão do Automóvel. Por um bom tempo, apenas a BMW se aventurou no setor com o i3, que há três anos vendeu algo em torno de 350 unidades, o que a motivou a criar um corredor elétrico na Via Dutra, entre Rio de Janeiro e São Paulo. Agora novos fabricantes decidiram entrar no segmento com modelos 100% elétricos. Nissan, Renault e Chevrolet não apenas exibiram os carrinhos, como já deram até preço para eles.

Nessa euforia elétrica, aproveitamos para dar uma volta no Bolt EV, o elétrico da marca da gravata. O carrinho chega no ano que vem ao preço de R$ 175 mil. Trata-se de um valor elevado, dinheiro que daria para comprar o refinado Equinox e ainda sobraria troco. Mas o plano da GM e dos colegas de indústria não é fazer volume, mas testar a receptividade do mercado para uma estratégia mais agressiva nos próximos anos.

Silêncio 
Ao volante, o Bolt EV parece um carro comum. A diferença está no incrível silêncio do carrinho, em que se ouve apenas o ruído do atrito[/TEXTO] dos pneus com o piso e, quando ele está mais embalado, um leve chiado que lembra um carrinho de controle remoto. O hatch norte-americano é equipado com transmissão direta, que conta com quatro posições: drive, ré, sport e low.

Essa última privilegia o torque e ativa o sistema One Pedal, em que o motorista usa apenas o acelerador. Quando precisa frear, basta aliviar o pedal, que ele inicia a frenagem e aproveita a energia do atrito entre pastilhas e discos para recarregar a bateria.

O motor rende potência equivalente a 200 cv e 36 mkgf de torque. Força que faz inveja a muito carro esportivo. Mas ele não é um corcel. A velocidade máxima é limitada a 140 km/h. Trata-se de ajustes para elevar a autonomia, que pode superar os 400 quilômetros.

 O resto da turma
A Renault apostará as baterias no Zoe. O compacto francês chegará no ano que vem ao custo de R$ 150 mil. Ele é o mais barato entre os anunciados. Mas também é o menor. 

Já a Nissan aposta na segunda geração do Leaf. Maior que o primo francês, ele custará R$ 170 mil e também conta com a função One Pedal. Segundo o presidente da marca para a América Latina, Jose Luis Valls, é apenas o início.

“Decidimos trazer o Leaf agora pois acreditamos que temos um produto adequado e o momento é propício. Mas sabemos que para dar certo é preciso comprometimento dos setores público e privado para criar corredores elétricos”, explica o executivo.

A Mercedes-Benz trará o Smart ForFour EQ, que irá concorrer com o BMW i3 no segmento de elétricos de luxo e a chinesa Chery mostrou versões elétricas do QQ, Arrizo 5 e Tiggo 2, enquanto a Hyundai expôs o Ionic. Só faltou trio elétrico.

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