(Bugatti)
Existem algumas certezas na vida que não há como contestar. Uma delas é que vamos morrer um dia e a segunda é que você e eu nunca iremos comprar um Bugatti Chiron. Não que eu queira dizer que o amigo leitor não tenha uma bela conta bancária, mas é que a Bugatti não se interessará em vendê-lo para nós. A menos que o amigo seja um xeique do petróleo, estrela do cinema ou atleta badalado, sócio do Google ou algo parecido. Caso seja, pode me convidar para andar em seu Chiron.
O fato é que a marca franco-italiana, pertencente ao Grupo Volkswagen, não estava totalmente satisfeita com seu supercarro de 1.500 cv. Ela decidiu melhorá-lo e levou para o Salão de Genebra o Chiron Sport, que consegue ser ainda mais estúpido que o modelo base.
O Chiron Sport passou por uma série de ajustes para melhorar sua performance e também ser mais “agradável” de ser conduzido pelos seletíssimos proprietários. Visualmente, é igual ao Chiron “convencional”, mas passou por um regime e obteve redução de peso de 18 de seus 1.996 quilos.
O segredo
Mas mesmo 1% mais leve, o que fez com que a performance do Chiron Sport fosse atestada no circuito italiano de Nardo, está no conjunto de suspensão, que ficou ainda mais dura para manter o supercarro estável em velocidades extremas. Mas o principal é o novo software que gerencia a tração integral do Chiron Sport. A nova programação promete uma entrega de torque mais equilibrada que, segundo a marca, torna a versão mais fácil de ser conduzida.
“Desenvolvemos o Chiron Sport para clientes que desejam uma experiência de condução ainda mais desportiva com o Chiron, com dinâmica lateral melhorada em estradas sinuosas. O que era importante para nós era deixar inalterado o caráter único do Chiron, sua combinação de desempenho final, aceleração longitudinal e velocidade máxima com luxo, conforto e usabilidade diária”, garante categoricamente o presidente da Bugatti Automobiles S.A.S, Stephan Winkelmann.
Mas, verdade seja dita: Chiron ou Chiron Sport não são automóveis para se usar diariamente por duas razões muito simples. A primeira é que o Sport custa nada menos que US$ 3,26 milhões (algo em torno de R$ 10,5 milhões).
Vale lembrar que esse é o preço na Europa. Caso seja vendida por aqui, não seria inferior a US$ 20 milhões. Outro fator: sua produção será de apenas 500 unidades, montadas sempre de forma artesanal. E todas elas já foram vendidas.
Assim podemos ser categóricos em afirmar que nunca teremos um Bugatti Chiron, a menos que amigo leitor nos prove o contrário. Mas eu precisarei ver de perto. Combinado?