Comércio de BH amarga queda de 3,13% nas vendas

Janaína Oliveira
16/09/2015 às 14:41.
Atualizado em 17/11/2021 às 01:46
Fecomércio MG analisou os dados do IBGE sobre o desempenho do setor de serviços, compondo a Pesquisa Mensal de Serviços de maio (Eugênio Moraes/Arquivo Hoje em Dia)

Fecomércio MG analisou os dados do IBGE sobre o desempenho do setor de serviços, compondo a Pesquisa Mensal de Serviços de maio (Eugênio Moraes/Arquivo Hoje em Dia)

O comércio varejista da capital despencou 3,13% no primeiro semestre deste ano, ante igual período de 2014. De acordo com o termômetro de vendas da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), é o pior desempenho desde o início da série histórica em 2007, nesta mesma base de comparação.

Para o presidente da CDL/BH, Bruno Falci, o recuo é resultado da menor atividade do cenário macroeconômico. Com o aumento no custo de vida, os consumidores são obrigados a pensar várias vezes antes de colocar a mão no bolso e gastar. “A desaceleração da economia aliada a juros elevados, aumento do índice de desocupação e redução da renda real têm contribuído para a queda nas vendas”, disse.

Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, as vendas no mês de julho caíram 2,3%. Quando comparado com ao mês de junho, o comércio em julho em Belo Horizonte apresentou tímido crescimento, de apenas 0,22%.

Segundo o presidente da CDL/BH, apesar do mês de junho contar com a comemoração do Dia dos Namorados, o que em tese poderia favorecer as vendas, o mês contou com um número de dias úteis menor em relação a julho. “Outro fator que pesa é a inflação. Em junho, a inflação foi de 0,79% e em julho ficou em 0,62%”, disse. Em busca da clientela, lojistas apostaram em promoções e liquidações.

No acumulado dos últimos 12 meses, o varejo de Belo Horizonte apresentou queda de 2,07% nas vendas. “Com orçamento já comprometido com os custos básicos, a população está com menos renda livre para consumo”, disse Falci. Para os próximos meses, a tendência é de repetição do cenário mais desaquecido visto em 2014. Sem indícios de recuperação da economia, os consumidores devem continuar cautelosos, acredita o empresário.

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