Com alta de 1%, PIB mineiro fica estável no 1º trimestre ainda sob efeito de Brumadinho

Da Redação
05/07/2019 às 20:04.
Atualizado em 05/09/2021 às 19:25
 (Jonas Oliveira/Fotos Públicas)

(Jonas Oliveira/Fotos Públicas)

O movimento de recuperação da economia mineira, que já era lento, perdeu força neste início de ano. Uma das causas foi a paralisação de boa parte do setor de mineração, em decorrência do desastre na barragem da Vale em Brumadinho, em 25 de janeiro. É o que aponta o estudo “PIB Trimestral de Minas Gerais - 1° Trimestre/2019”, divulgado ontem pela Fundação João Pinheiro (FJP). As informações são do site da instituição. 

Segundo o trabalho, o Produto Interno Bruto (PIB) de Minas nos 12 meses completados em março de 2019 foi 1% superior, em termos reais, em comparação com o período imediatamente anterior. A soma de todas as riquezas produzidas no Estado nos três primeiros meses de 2019 foi de R$ 146,11 bilhões.

“Tanto para Minas Gerais, quanto para o país, os dados indicam que a recuperação iniciada em 2017 perdeu alento ao longo do ano passado, ameaçando retroceder ou evoluir para uma situação de estagnação econômica. O resultado do PIB de Minas Gerais no primeiro trimestre de 2019 indica que a atividade econômica apresentou estabilidade na análise da série com ajuste sazonal”, diz a nota da FJP.

Na comparação com o trimestre imediatamente anterior (outubro, novembro, dezembro/2018), o índice foi nulo, ou seja, não houve queda nem alta. Em relação ao mesmo período do ano anterior, houve um pequeno crescimento, de 0,6%.

O que salvou o Estado de um PIB ainda menor no acumulado de 12 meses foi o agronegócio. Nessa atividade, houve expansão de 0,4% no primeiro trimestre de 2019, em relação ao trimestre imediatamente anterior. Mas na comparação com os três primeiros meses de 2018, em que as culturas e condições climáticas são semelhantes, a agropecuária expandiu 7,2%. 

E como esperado, houve queda de volume do valor adicionado na indústria mineira (-1,9%) na análise da série com ajuste sazonal. A retração do setor é associada à paralisação das atividades de extração de minério de ferro em Brumadinho, e do acompanhamento mais rigoroso das demais barragens com interrupção da operação de várias minas. 

Com isso, a indústria extrativa estadual recuou -20,6% no primeiro trimestre de 2019 em relação ao trimestre imediatamente anterior e -13,3% em relação aos três meses iniciais de 2018.

Nos serviços, houve variação positiva de 0,4% em Minas Gerais, na comparação com o primeiro trimestre do ano passado. O governo do Estado foi procurado para comentar os resultados, mas não se manifestou.

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