Com chuva, 173 semáforos de São Paulo apresentaram defeito

Caio do Valle e Marina Azaredo
05/11/2013 às 09:39.
Atualizado em 20/11/2021 às 13:55

Não foi fácil o dia de quem enfrentou o trânsito paulistano ontem, 4. O Complexo Viário Paulo Roberto Fanganiello Melhem, túnel que faz a ligação entre as Avenidas Paulista, Doutor Arnaldo e Rebouças, na região central de São Paulo, ficou fechado no sentido Paraíso, por mais de cinco horas por causa de um alagamento no final da tarde. A interdição foi às 18h16, segundo o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE), e, às 23h10, ainda estava intransitável. As Avenidas Santo Amaro, 23 de Maio e Doutor Arnaldo também foram fechadas temporariamente por causa de acidentes de trânsito ou pontos de alagamento.

Ao longo do dia, ao menos 173 semáforos apresentaram defeito, agravando os congestionamentos já complicados por causa das chuvas que atingiram a capital paulista desde o fim da manhã. Por volta das 19 horas, a cidade registrava 204 quilômetros de trânsito lento, segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET).

O CGE não soube informar qual o problema que ocorreu no túnel que não permitiu que a água da chuva escoasse, bloqueando as duas faixas sentido Paraíso. Os motoristas tiveram de ter muita paciência para enfrentar a região da Paulista.

Como opção de desvio, a CET recomendava a utilização da Avenida Doutor Arnaldo (sentido Consolação), Viaduto Okuhara Koei, Rua da Consolação (sentido centro) e Avenida Paulista (sentido Paraíso).

Em toda a cidade, só de faróis apagados, até as 18h30 havia 49, de acordo com a CET. As zonas leste e oeste estavam entre as mais afetadas, com avenidas de grande movimento, como a Jacu-Pêssego e a Itaquera, com equipamentos fora de operação. Na zona oeste, semáforos das Avenidas Doutor Arnaldo, Rebouças e Vital Brasil também se apagaram. Já os equipamentos funcionando em amarelo intermitente foram ao menos 98.

Na zona sul, o cruzamento entre as Avenidas Ibirapuera e República do Líbano esteve caótico durante o fim de semana, por causa de dois faróis quebrados. "Faz duas semanas que isso vem acontecendo com frequência. Os técnicos vêm arrumar, mas, em seguida, os semáforos quebram de novo", diz a socióloga Tatiana Feferbaum, moradora da região.

Central

Na sexta-feira passada, o secretário municipal dos Transportes, Jilmar Tatto, anunciou a criação de uma central de manutenção semafórica, a um custo de R$ 2,5 milhões. Situado em Pinheiros, na zona oeste da capital, o espaço de monitoramento dos faróis ainda não deve ter efeitos nesta temporada de chuvas. "É um trabalho inédito, ela representa uma revolução e, no verão de 2014/2015, certamente será um ganho para São Paulo enfrentar as chuvas já esperadas e os eventuais defeitos semafóricos", afirmou Tatto na ocasião.

Quando estiver em funcionamento, defeitos como semáforos apagados, em amarelo intermitente ou estacionados serão detectados de forma automática, sem a necessidade de aviso pela população, agentes de trânsito e órgãos de imprensa.

Além disso, a Prefeitura tem investido na instalação de no-breaks (baterias que ligam em caso de queda de energia) em semáforos. Desde o início do mês passado, foram instalados 198 desses aparelhos na cidade.

Em nota, a CET informou que a Prefeitura de São Paulo está investindo R$ 220 milhões em ações de inteligência semafórica e manutenção de 4,8 mil cruzamentos semaforizados da capital (de um total de 5.668), e que, até o fim da semana passada, havia "mais de 850 locais que passaram por revitalização, número que chegará a 2 mil até o final do ano". / colaboraram Lorena Tabosa e Luísa Roig Martins, especial para a AE

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
http://www.estadao.com.br

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