
Com quase 20% dos brasileiros vacinados contra a Covid-19, setores econômicos estão otimistas quanto à retomada no Brasil. Com os negócios a todo vapor, espera-se que mais vagas de emprego sejam abertas e, assim, reduzir a massa de desempregados que cresceu durante a pandemia. Para especialistas, essa é uma boa notícia para quem está em busca de uma oportunidade.
“Muitas empresas estão passando por um momento delicado, mas é possível perceber o crescimento de muitos setores e, além disso, países que passaram por uma situação bem delicada da economia provocada pela Covid-19 já estão se recuperando. Então estou otimista com o futuro no Brasil. Não será a curto prazo, mas acredito no potencial do país e no nosso poder de recuperação. Empresas dos mais diversos setores passaram por mudanças, incluindo digitais, e estão crescendo e gerando postos de trabalho. É necessário ficar atento ao mercado”, afirma Jorge Martins, CEO da Bullseye, focada em recrutamento especializado e gestão empresarial.

Proatividade, resiliência, autonomia e ter "cabeça de dono" são algumas habilidades que as empresas estão buscando, afirma o consultor
O consultor diz que já está havendo uma grande procura por pessoas qualificadas para posições mais técnicas nos setores de engenharia, como manutenção, segurança de trabalho e engenharia de projetos. “As áreas comercial e jurídico corporativo também estão aquecidas”, completa.
Habilidades pessoais são essenciais
Mas Jorge Martins alerta: as oportunidades de emprego vêm acompanhadas de requisitos para conquistar a vaga tão sonhada em meio ao caos atual. O especialista frisa que as empresas estão cada vez mais exigentes, principalmente em relação às habilidades e competências.
Na lista, proatividade, resiliência, autonomia e ter “cabeça de dono”. “Além de (o candidato) conseguir se adaptar, claro”, reforça o consultor.
A proatividade é um dos destaques. Segundo Martins, muitas pessoas, hoje em dia, esperam que as demandas sejam pedidas ou entendem que a responsabilidade não é dela. “Mas a realidade não é exatamente assim. Quando a gente fala de proatividade, é literalmente botar a cabeça no negócio e pensar: ‘isso aqui vai dar problema. Deixa eu pensar na frente, trazer soluções antes que isso seja um problema’. É não esperar o seu chefe pedir”, explica.
Outro ponto importante é a resiliência. De acordo com o CEO da Buulseye, é a capacidade de receber “nãos” e continuar se movendo para frente, com otimismo e buscando outras soluções.
Autonomia e pensar como como
Quem está em busca da inserção no mercado de trabalho também deve buscar ter autonomia, não para passar por cima de hierarquias. “Mas você compreender o trabalho que faz e tomar decisões até onde cabe a sua responsabilidade diante da área”, diz.
Por fim, ter “cabeça de dono”. “Tudo o que eu estou fazendo aqui, se a empresa fosse minha, eu faria? A cabeça do dono é muito isso: você olhar para o negócio e pensar como deixar mais rentável, como gastar menos, como manter a marca, como me preocupar com o dia de amanhã”, reforça Jorge Martins.