Com fim da primeira fase da obra, nova reforma da Gameleira vai tornar galpões multiuso

Paula Coura
pcoura@hojeemdia.com.br
31/05/2017 às 19:50.
Atualizado em 15/11/2021 às 15:36
 (Wesley Rodrigues)

(Wesley Rodrigues)

O Parque da Gameleira deve passar por uma nova fase de obras a partir do ano que vem. A expectativa é que galpões e a parte administrativa sofram intervenções. A afirmação é do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), responsável pela gerência do parque.

De acordo com o presidente do IMA, Marcílio de Souza Magalhães, a restauração dos galpões é fundamental para que o Parque da Gameleira receba eventos multiuso. Atualmente, as estruturas só têm capacidade para atender ao setor agropecuário.

“Estamos em negociação com a secretaria de Planejamento para que sejam disponibilizados recursos para que, no ano que vem, já possamos fazer esta etapa” diz Marcílio, que também encaminhará um pedido à Secretaria de Transportes e Obras Públicas (Setop) para que sejam levantados os custos da obra.

Durante cerimônia que marcou a abertura da 57ª Exposição Estadual Agropecuária, que termina no próximo domingo, foram inauguradas as novas instalações do parque de exposições.

As intervenções duraram três meses e custaram R$ 4,36 milhões aos cofres da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig).

Foram reformados todos os currais, a rede hidráulica e parte da elétrica. Também foram feitas as pinturas de pavilhões e baias, além da construção de banheiros com acessibilidade, dentre outras melhorias.

No discurso de abertura do evento, o governador Fernando Pimentel assegurou que as obras faziam parte de uma primeira etapa da revitalização do Parque da Gameleira. “Precisamos preservar o que funciona bem e melhorar o que não funciona. Queremos preservar o parque”, disse Pimentel.

Outras demandas
O presidente da Federação da Agricultura do estado de Minas Gerais (Faemg), Roberto Simões, também discursou e disse que encaminhará ao governador projeto que institui a criação do Fundo de Defesa Sanitária de Minas Gerais, para concentração de recursos em caso de emergências.

Há ainda a expectativa de que Minas entre no calendário oficial para retirada de vacinação obrigatória contra febre aftosa, já que o Estado não tem nenhum caso da enfermidade há 20 anos. A previsão é que até 2021 Minas não precise mais fazer a imunização obrigatória de seu rebanho.

Leilão de equídeos deve movimentar R$ 1,2 mi até domingo

As exposições de equinos e bovinos no Parque da Gameleira são uma oportunidade de bons negócios para os produtores.

“O agronegócio, de uma forma geral, é o único setor que cresce no Estado. Representamos um terço do PIB e mesmo com a crise o setor vem respondendo bem”, frisou o secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Pedro Leitão.

Nos três leilões de equídeos durante o evento, é prevista a movimentação de até R$ 1,2 milhão, segundo dirigentes das associações de criadores das raças.
Para Henrique Furtado Macedo, diretor da Associação de Criadores de Pônei Pequira, a feira é uma vitrine para os animais, que custam de R$ 5 mil a R$ 50 mil.

“Minas concentra a metade da criação da raça Pequira no país, que conta com 500 exemplares. São animais de ótima liquidez, dóceis e com uma ótima aceitação no mercado”, disse.

Já para o criador Ricardo Magnino, a apresentação de bovinos da raça Senepol pode gerar negócios que se estendem após a exposição. “Em um evento que realizamos após uma feira, o dia de campo, conseguimos faturar R$ 780 mil, em 2016, e R$ 1,2 milhão, em 2015. Muitos contatos são feitos durante as feiras, mas a grande parte dos negócios se consolida depois”, disse.

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