Com o calor, índice de economia em BH recuou para 10,8%

Letícia Alves - Hoje em Dia
21/10/2015 às 06:46.
Atualizado em 17/11/2021 às 02:09
 (Wesley Rodrigues)

(Wesley Rodrigues)

Economizar água em um período de tanto calor não tem sido uma tarefa fácil para os mineiros. Apesar dos alertas de desabastecimento em todo o Estado, muitos consumidores, principalmente de Belo Horizonte, se sentiram desobrigados em conter os gastos com água, após a Copasa afastar a possibilidade de racionamento. Prova disso é que em agosto o índice de economia da capital foi de apenas 10,8% contra uma média de 15% nos meses anteriores.

Se por um lado a população pode ter relaxado, por outro não é difícil encontrar sinais de desperdício na cidade. Na manhã dessa terça (20), por exemplo, na rua Braúnas, no bairro Braúnas (Pampulha) uma cano estourou e jorrou água por quase quatro horas. Técnicos da Copasa foram deslocados para conter o vazamento, iniciado às 7h, mas até as 10h40 nada havia sido feito, segundo moradores.

Ao mesmo tempo em que a água jorra em algumas regiões da cidade, em diversos bairros os cortes de abastecimento se tornaram constantes, conforme mostrou o Hoje em Dia no último sábado. No domingo, o abastecimento foi interrompido em 280 bairros de BH e em outros sete municípios sob alegação de reparos na rede. Mesmo com os cortes, a Copasa garante que a água armazenada nos reservatórios do Sistema Paraopeba é suficiente para garantir o abastecimento de toda a população da região metropolitana.



A companhia também aposta em uma obra para captação da água do rio Paraopeba para evitar o desabastecimento. Prevista para ser finalizada em dezembro, irá possibilitar o bombeamento de 5 mil litros de água por segundo para Reservatório de Rio Manso, um dos três que compõem o Sistema Paraopeba.

Níveis

Os reservatórios do Sistema Paraopeba registraram o menor volume no mês de outubro, em relação ao mesmo período dos dois anos anteriores. O sistema está com 23,3% da capacidade. No ano passado, o volume era quase o dobro (40,1%). Em 2013, era de 74,3%.

O quadro mais crítico é o do reservatório de Serra Azul, que está com apenas 7,6% da capacidade, seguido do Vargem das Flores (21,3%) e Rio Manso (33%).

Para o presidente da Associação Mineira de Municípios, Antônio Júlio de Faria, prefeito de Pará de Minas, faltou planejamento para enfrentar um dos anos mais secos no Estado. “Ninguém tinha planejamento pra aguentar um período tao grande de estiagem. Agora que estão procurando alternativa”.
 

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