Compras no exterior sem viajar: Startup de compartilhamento de bagagem chega a BH

Paula Machado
16/01/2019 às 18:58.
Atualizado em 05/09/2021 às 16:04
 (Divulgação)

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Belo Horizonte receberá, a partir da próxima segunda-feira, uma plataforma americana especializada em compartilhamento de bagagem, a Grabr. Pelo aplicativo, os usuários poderão encomendar produtos do exterior, trazidos por viajantes com espaço na mala, que recebem uma comissão pelo serviço.

A economia para o consumidor em relação ao preço cobrado no Brasil, de acordo com a empresa, varia de 40% a 50%, podendo chegar a 80% em promoções, como a Black Friday. Outra vantagem é não ter que esperar meses para a chegada do item, como ocorre com pedidos via Correios. A startup, cujo nome faz menção ao verbo “pegar” (“grab” em inglês), já está presente nas cidades de São Paulo e Rio, e com as ações efetivadas em BH pretende crescer 20% no Brasil até março. 

O desembarque na capital mineira se deve à vocação empreendedora atribuída à metrópole, bem como ao seu ecossistema empreendedor, com mais de 300 startups em funcionamento. Belo Horizonte ainda é sede do único centro de engenharia do Google na América Latina. 

Conforme Michele Chahin, embaixadora da empresa no país, o mercado brasileiro é interessante pois possui usuários nas duas pontas: turistas e compradores. As operações no Brasil cresceram consideravelmente em 2018, fazendo com que representasse 40% do market share e ultrapassasse a Argentina - que era a campeã em transações até 2017.

Presente organicamente em cerca de 120 países, a Grabr foi criada em 2015, por uma dupla de amigos russos - Daria e Artem - que, morando nos Estados Unidos, sentiam dificuldade em encontrar itens da terra no comércio local. 
Segurança

Para entrar na comunidade, é necessário apenas baixar o aplicativo e cadastrar-se. Contudo, há regras de segurança que protegem os usuários nas duas extremidades. A principal estratégia é um robô que bloqueia qualquer artigo ilícito no território de recebimento. Armas e entorpecentes estão entre os automaticamente bloqueados. 

Além disso, o adquirente deve postar na plataforma o link de um e-commerce que disponibilize o objeto de desejo. Então, o viajante retira a mercadoria na loja indicada, evitando problemas como a inserção de substância indevida no interior da peça.

Existe também um sistema de avaliação, pelos próprios usuários, que permite a classificação dos mesmos por notas, garantindo maior credibilidade. O entregador assina ainda um termo de compromisso, atestando conhecer as normas da Receita Federal do local de chegada. 

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