Confirmado caso de 'vaca louca' em frigorífico de BH; exportações estão suspensas

Paulo Henrique Silva
phenrique@hojeemdia.com.br
04/09/2021 às 13:44.
Atualizado em 05/12/2021 às 05:49
 (Arquivo/Valter Campanato/Agência Brasil)

(Arquivo/Valter Campanato/Agência Brasil)

A Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) confirmou, no final da manhã deste sábado (4), a ocorrência de dois casos atípicos de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB) - conhecida como o “mal da vaca louca”- em frigoríficos de Nova Canaã do Norte, no Mato Grosso, e de Belo Horizonte.

Os dois casos, de acordo com o Mapa, foram detectados durante uma inspeção, quando avaliaram vacas de descarte - animais que apresentavam idade avançada e qeu estavam em estado de convalescência nos currais. A confirmação foi realizada ontem, em laboratório de Alberta, no Canadá, com o Brasil já tendo notificado oficialmente a Organização Mundial da Saúde Animal, de acordo com as normas santiárias.

Com a confirmação, a China informou que as exportações de carne bovina do Brasil estão temporariamente suspensas, em cumprimento ao protocolo firmado entre os dois países, com a medida já valendo a partir deste sábado. O Mapa frisa que o Brasil não está sendo reconhecido com o status de risco, por serem casos de EBB atípica.

A EBB atípica não está relacionada com ingestão de alimentos contaminados, mas sim de maneira espontânea e esporádica. O Brasil já teve outras três manifestações anteriores, em 23 anos de vigilância para a doença. Nunca aconteceu nenhum caso da chamada "vaca louca" clássica.

NOTA DE ESCLARECIMENTO A Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) confirma a ocorrência de dois casos atípicos de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB) - conhecida como o “mal da vaca louca” - em frigoríficos de Nova Canaã do Norte (MT) e de Belo Horizonte (MG).Estes são o quarto e quinto casos de EEB atípica registrados em mais de 23 anos de vigilância para a doença. O Brasil nunca registrou a ocorrência de caso de EEB clássica.A EEB atípica ocorre de maneira espontânea e esporádica e não está relacionada à ingestão de alimentos contaminados. Todas as ações sanitárias de mitigação de risco foram concluídas antes mesmo da emissão do resultado final pelo laboratório de referência da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), em Alberta, no Canadá. Portanto, não há risco para a saúde humana e animal. Os dois casos de EEB atípica - um em cada estabelecimento - foram detectados durante a inspeção ante-mortem. Trata-se de vacas de descarte que apresentavam idade avançada e que estavam em decúbito nos currais. Após a confirmação, na data de 3/9/2021 em Alberta, o Brasil notificou oficialmente à Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), conforme preveem as normas internacionais. No caso da China, em cumprimento ao protocolo sanitário firmado entre o país e o Brasil, ficam suspensas temporariamente as exportações de carne bovina. A medida, que passa a valer a partir deste sábado (4), se dará até que as autoridades chinesas concluam a avaliação das informações já repassadas sobre os casos. O Mapa esclarece que a OIE exclui a ocorrência de casos de EEB atípica para efeitos do reconhecimento do status oficial de risco do país. Desta forma, o Brasil mantém sua classificação como país de risco insignificante para a doença, não justificando qualquer impacto no comércio de animais e seus produtos e subprodutos.
 
 

  

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