Congestionamento no TRE: candidatos fazem fila para registrar candidaturas

Tatiana Moraes
tmoraes@hojeemdia.com.br
13/08/2016 às 00:13.
Atualizado em 15/11/2021 às 20:20
 (Wesley Rodrigues/Hoje em Dia)

(Wesley Rodrigues/Hoje em Dia)

Quatro chapas à prefeitura de Belo Horizonte oficializaram registro no Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG) na tarde de ontem. Como todos os candidatos chegaram por volta das 16h30, houve um verdadeiro “congestionamento” de políticos no órgão. Juntas, três das coligações irão investir R$ 9,5 milhões na campanha. Luís Tibé (PTdoB) foi o único que não informou quanto irá gastar.

Reginaldo Lopes (PT) e Jô Moraes (PCdoB) foram os primeiros a chegar no TRE. Segundo Lopes, a campanha terá a participação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que virá a Belo Horizonte no final de setembro. “Ele vai andar conosco pela cidade”, disse o candidato à prefeitura. O envolvimento direto do governador de Minas, Fernando Pimentel (PT), não foi confirmado. “Os padrinhos políticos terão papel secundário. Os principais padrinhos serão os eleitores”, disse Lopes, que prevê gastar R$ 5 milhões na campanha.

O petista e a comunista entraram no prédio, mas os documentos necessários para registrar a campanha estavam incompletos. Eles permaneceram no TRE-MG aguardando os papéis. Alexandre Kalil (PHS) e Paulo Lamac (Rede), que anunciaram parceria ontem, após Lamac desistir de disputar o pleito como cabeça de chapa pelo partido de Marina Silva, estavam prontos para registrar a chapa, mas aguardaram, longe dali, a saída de Lopes e Jô do TRE.

Integração
Demorou, e Sargento Rodrigues (PDT) e Edson José Pereira (PTB) chegaram na frente. Segundo Rodrigues, eles pretendem investir R$ 3 milhões na campanha. Pereira é delegado aposentado. A chapa, portanto, integra as polícias, ao menos na corrida eleitoral. “Embora sejamos policiais, nossa chapa tem propostas que vão muito além da segurança pública”, afirmou Rodrigues.

Gestão
Pouco tempo depois, Kalil e Lamac chegaram ao TRE-MG. Com semblante tranquilo, bem diferente do que é visto nas partidas de futebol, ele disse que as propostas para Belo Horizonte têm como base a população, e não as obras. “Não é que Belo Horizonte não precise de obras. Talvez até precise de algumas. Mas eu estive visitando muitos locais da cidade e percebi que BH precisa mesmo é de gestão. Além disso, a prefeitura não tem dinheiro. Como vai fazer obra?”, questionou.

Mais cedo, em coletiva realizada na sede da Rede para anunciar a parceria de Kalil e Lamac, ele garantiu que o tempo de televisão será suficiente para dar o recado certo à população belo-horizontina no “melhor estilo Kalil”. “Minha prima de 15 anos estava grávida e foi avisar ao pai. Disse ‘pai, estou grávida’. Pronto, foi suficiente”, disse.

Tibé
Acompanhado por Léo Burguês (PSL) e por cerca de cem cabos eleitorais, Luís Tibé (PTdoB) foi o último a chegar para registrar a chapa. Depois de muito imbróglio, ele apresentou Felipe Totó Teixeira (PSL) como vice da chapa. O presidente municipal afastado do Solidariedade, Rodrigo Grilo, que sofreu intervenção da executiva nacional de Paulinho da Força, estava presente ao evento. Grilo quer apoiar Tibé e a nacional, o PSD, de Délio Malheiros.

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