Conselho de Segurança americano elogia Bolsonaro sobre médicos cubanos

Agência Brasil
17/11/2018 às 15:39.
Atualizado em 28/10/2021 às 01:52
 (Arquivo Hoje em Dia)

(Arquivo Hoje em Dia)

O Conselho de Segurança dos Estados Unidos elogiou o presidente eleito do Brasil, Jair Bolsonaro, por sua posição em relação aos profissionais cubanos no programa Mais Médicos.

“Elogiamos o presidente eleito do Brasil, @JairBolsonaro, por tomar posição contra o regime cubano por violar os direitos humanos de seu povo, incluindo médicos enviados para o exterior em condições desumanas”, disse o conselho, em sua conta oficial no Twitter, na noite dessa sexta-feira (16). A postagem tem uma versão em português e outra em inglês.

Elogiamos o presidente eleito do Brasil, @JairBolsonaro, por tomar posição contra o regime cubano por violar os direitos humanos de seu povo, incluindo médicos enviados para o exterior em condições desumanas. https://t.co/K4FC4TwnuP— NSC (@WHNSC) 16 de novembro de 2018

O conselho é um órgão ligado diretamente ao presidente americano com a responsabilidade de assessorar em questões de política externa e segurança nacional.

Também pelo Twitter, na quinta-feira (15), a secretária assistente do Departamento de Estado (o órgão de diplomacia dos Estados Unidos), Kimberly Breier, também elogiou Bolsonaro. “Que bom ver o presidente eleito Bolsonaro insistir em que os médicos cubanos no Brasil recebam seu justo salário em vez de deixar que Cuba leve a maior parte para os cofres do regime”, escreveu Kimberly no Twitter.

Qué bueno ver al presidente electo Bolsonaro insistir en que los médicos cubanos en #Brasil reciban su justo salario en lugar de dejar que #Cuba se lleve la mayor parte para las arcas del régimen. #MaisMédicos #MásMédicos— Kimberly Breier (@WHAAsstSecty) 15 de novembro de 2018

Na quarta-feira (14), o governo de Cuba informou que deixará de fazer parte do programa Mais Médicos. A justificativa do Ministério da Saúde cubano é que as exigências feitas pelo governo eleito são “inaceitáveis” e “violam” acordos anteriores. O presidente eleito Jair Bolsonaro disse, em sua conta do Twitter, que a permanência dos cubanos está condicionada à realização do Revalida pelos profissionais, Revalida é o exame aplicado aos médicos que se formam no exterior e querem atuar no Brasil.

“Condicionamos à continuidade do programa Mais Médicos à aplicação de teste de capacidade, salário integral aos profissionais cubanos, hoje maior parte destinados à ditadura, e à liberdade para trazerem suas famílias. Infelizmente, Cuba não aceitou", disse o presidente eleito, na rede social, na quarta-feira (14). "Além de explorar seus cidadãos, ao não pagar integralmente os salários dos profissionais, a ditadura cubana demonstra grande irresponsabilidade ao desconsiderar os impactos negativos na vida e na saúde dos brasileiros e na integridade dos cubanos", publicou.

Além de explorar seus cidadãos ao não pagar integralmente os salários dos profissionais, a ditadura cubana demonstra grande irresponsabilidade ao desconsiderar os impactos negativos na vida e na saúde dos brasileiros e na integridade dos cubanos.— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) 14 de novembro de 2018

O programa foi criado em 2013, na gestão da presidente Dilma Rousseff, para levar médicos a regiões distantes e periferias do país. A vinda dos médicos cubanos foi acertada em convênio firmado entre os governos do Brasil e de Cuba, por meio da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), e que dispensava a validação do diploma dos profissionais.

"Graças a Deus"

O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) publicou neste sábado (17) em sua página no Twitter que no Brasil “graças a Deus temos internet para ter informação e desenvolvimento”. A mensagem foi uma resposta ao governo de Cuba, que decidiu, na última quarta-feira (14), retirar seus profissionais do Programa Mais Médicos, do governo federal. Em Cuba, o acesso à internet é limitado.

Graças a Deus temos a internet para ter informação e desenvolvimento!— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) 17 de novembro de 2018

O governo cubano alegou que as declarações feitas por Bolsonaro sobre a continuidade do programa foram “ameaçadoras e depreciativas”. O presidente eleito exigiu que os profissionais cubanos fizessem o Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos (Revalida) para continuar no programa. O Revalida é um exame realizado anualmente para validar diplomas expedidos por universidades estrangeiras para médicos que precisam exercer a profissão no Brasil.

A segunda etapa do Revalida 2017 será realizada neste sábado (17) e neste domingo (18), em Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, São Luís e Manaus.
 

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