Conselho Fiscal da Usiminas aponta falhas

Bruno Porto - Hoje em Dia
30/10/2014 às 08:57.
Atualizado em 18/11/2021 às 04:50
 (USIMINAS/DIVULGAÇÃO)

(USIMINAS/DIVULGAÇÃO)

O Conselho Fiscal da Usiminas, em reunião realizada na última terça-feira (28), questionou a legitimidade do voto do presidente do Conselho de Administração da companhia, Paulo Penido, que culminou no afastamento de três diretores indicados pelo grupo argentino Ternium/Techint, integrante do bloco de controle da siderúrgica mineira, dentre eles o presidente-executivo, Julián Eguren. A ata da reunião, em caráter de recomendação ao Conselho de Administração, também revela questionamentos que podem desmontar o principal argumento da Nippon Steel, outra integrante do bloco de controle, que aponta irregularidades em pagamentos de bônus aos três diretores como a motivação para destituição deles do cargo.

O afastamento foi comunicado ao mercado em 26 de setembro e desde então a Usiminas tem diretoria provisória.

Assinada pelo presidente do Conselho Fiscal, Paulo Frank Coelho da Rocha e outros quatro conselheiros, a ata da reunião de terça-feira diz que o pagamento dos benefícios foi aprovado pelo Conselho de Administração e que as afirmações de irregularidades foram precipitadas, tendenciosas e baseadas em exame superficial dos documentos. A Nippon alega que uma auditoria interna e duas externas confirmaram as irregularidades, mas o Conselho Fiscal sustenta que os relatórios de auditoria não são conclusivos.

Sobre o voto de Paulo Penido, a ata lança dúvidas sobre a isenção do presidente do Conselho. “O resultado das análises dos fatos suportados por documentos comprobatórios e pelo conteúdo dos relatórios de auditorias especializadas não nos permite construir convicção sobre a legitimidade do voto de desempate do presidente do Conselho de Administração ou se o mesmo foi exercido no interesse social e econômico da companhia”.

Prejuízo de R$ 26 mi no 3º trimestre

A Usiminas informou nessa quarta-feira (29) que contabilizou prejuízo líquido de R$ 26 milhões no terceiro trimestre do ano.

No mesmo intervalo de 2013, a siderúrgica registrou lucro líquido de R$ 70 milhões.

A receita líquida de vendas no negócio aço foi de R$ 2,6 bilhões contra R$ 2,9 bilhões do trimestre anterior. A fabricante de aço mineira acumula, no ano, R$ 293 milhões de lucro líquido. 

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