Contatos que podem gerar R$ 54 milhões na crise

Paula Coura
pcoura@hojeemdia.com.br
12/05/2017 às 16:09.
Atualizado em 15/11/2021 às 14:32

Empresários e profissionais liberais da capital mineira resolveram unir forças para enfrentar a crise montando grupos para trocar experiências e alavancar os negócios. Eles formaram uma rede para compartilhar informações e, principalmente, contatos profissionais.

O resultado foi a chegada a Minas do Business Network Internacional (BNI), que já conta com mais de 500 integrantes em Belo Horizonte e Região Metropolitana.

A rede, formada há três anos por profissionais dos mais variados setores, já gerou R$ 54 milhões para os participantes por meio das parcerias formadas.

Para evitar a concorrência, cada círculo de contatos tem, no máximo, um atuante em cada área. Os grupos não são extensos. Contêm, em média, 25 participantes. Cada novo membro, geralmente, é convidado por um parceiro mais experiente.

Durante as reuniões, que acontecem uma vez por semana, são debatidos diversos assuntos, que, às vezes, até fogem do contexto empresarial. “Só não falamos de religião e futebol, que é muito complicado”, frisa Daniel Santiago, participante de um desses grupos desde 2013.

Proprietário da empresa de eventos Helium e um dos diretores do BNI, ele explica que as parcerias conquistadas fizeram com que sua empresa não sentisse os efeitos da crise econômica.

“Graças aos amigos de trabalho, não tivemos impacto no faturamento nem na movimentação da empresa. Como nossos colegas de grupo são pessoas de todos os segmentos, fica fácil trocar contatos que ajudam e muito na hora de fechar um contrato, uma venda”, afirma Santiago.
O BNI foi criado em 1985 pelo empresário americano Ivan Misner, e propõe a filosofia do “Givers Gain”, na tradução para o português, “Ganhar Contribuindo”. A iniciativa já conta com mais de 211 mil pessoas de 73 países.

No ano passado, os participantes do BNI conquistaram mais de 11,2 bilhões de dólares em negócios fechados pelo mundo. No Brasil, em 2016, foram mais R$ 180 milhões gerados a partir da troca colaborativa de contatos e serviços. Belo Horizonte foi a segunda capital do país – a primeira foi São Paulo– a incorporar a proposta.

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