(Reprodução)
SÃO PAULO - A Justiça de São Paulo autorizou a exumação do corpo da modelo Pamela Baris Nascimento, de 27 anos, que morreu no último dia 19 após uma cirurgia de lipoaspiração em uma clínica da região do Ipiranga, na zona sul de São Paulo.
Segundo o Tribunal de Justiça, a autorização para a exumação foi dada pela 1ª Vara Criminal do Ipiranga. O delegado Evandro Luiz de Melo Lemos, do 17º Departamento de Polícia (Ipiranga), afirmou que vai mandar a documentação para São Francisco do Sul (SC), onde ela foi enterrada.
Segundo o delegado, a exumação deve determinar se houve algum erro durante um procedimento, que levou a perfuração do fígado e a parada cardiorrespiratória. Lemos ainda suspeita que a cirurgia feita para conter a lesão pode ter sido feita após a morte da jovem.
Até o momento, já foram ouvidos pela polícia a tia da modelo, o primo, o dono da casa em que ela morava e um amigo da família. Na terça-feira (30), o delegado também teve acesso a ficha médica de Pamela.
Segundo o documento, Pamela estava deitada de bruços na maca, enquanto o cirurgião plástico fazia a sucção de gordura na parte traseira do corpo. Quando ela foi virada de costas para baixo, sua pressão arterial caiu abruptamente e ela teve uma parada cardíaca.
A polícia abriu inquérito contra o profissional por homicídio culposo (sem intenção de matar) e fraude processual. "O médico liberou o corpo sem informar às autoridades a morte", diz o delegado. O Instituto Médico-Legal (IML) teria de analisar o caso.
O médico cirurgião não foi localizado em sua clínica, na zona oeste da cidade. Ele também não respondeu aos telefonemas da reportagem.