Crise reduz a arrecadação da Prefeitura de Belo Horizonte

Raul Mariano
rmariano@hojeemdia.com.br
29/03/2016 às 18:21.
Atualizado em 16/11/2021 às 02:41
 (Flávio Tavares/Hoje em Dia)

(Flávio Tavares/Hoje em Dia)

Pelo segundo ano consecutivo, Belo Horizonte registrou um crescimento de arrecadação inferior à inflação. Os dados estão na prestação de contas da prefeitura, apresentadas na manhã desta terça-feira (29) pelo prefeito Marcio Lacerda (PSB), no plenário da Câmara Municipal.

Em 2015, a capital teve um crescimento de arrecadação de 0,6% em relação ao ano anterior, segundo informações da PBH. Já a inflação no país, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), ficou em 10,67% no mesmo período de comparação.

Apesar da baixa arrecadação, Lacerda garantiu que não haverá atrasos nos salários do servidores municipais em 2016. O prefeito destacou ainda que, mesmo em um cenário de dificuldades financeiras, não houve retrocesso nas políticas sociais realizadas na cidade.

Lacerda ressaltou que, em 2015, BH obteve conquistas importantes na área da saúde – como a inauguração do Hospital Metropolitano Célio de Castro, no Barreiro –, e da educação, com a entrega de 25 novas Unidades Municipais de Educação Infantil (Umeis).

Durante a cerimônia de entrega da prestação de contas, Lacerda foi questionado pelo vereador Joel Moreira (PMDB) sobre a integralidade dos repasses dos duodécimos, que são recursos destinados às despesas da Câmara Municipal.

O parlamentar afirma que já notificou a prefeitura a respeito dos repasses e não obteve respostas. Para o vereador, a confirmação do não repasse pode caracterizar até mesmo o crime de responsabilidade fiscal.

Líder do governo na Câmara, o vereador Preto (DEM) saiu em defesa de Lacerda e ressaltou que a prestação de contas apresentadas pelo prefeito é mais completa do que as apresentadas em gestões anteriores.

Em entrevista coletiva após a entrega da prestação de contas, o prefeito afirmou que mantém uma relação de harmonia com a presidência da Câmara de Vereadores e todos os repasses têm sido discutidos.

“Os que discordam das decisões da prefeitura têm todo o direito de lançar novos candidatos nas próximas eleições, já que vivemos em uma democracia”, afirmou Lacerda.
 

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