Cruzeirenses tomam conta da Savassi em comemoração a marca inédita no Brasil

Anderson Rocha
arocha@hojeemdia.com.br
18/10/2018 às 00:54.
Atualizado em 28/10/2021 às 01:18
 (Anderson Rocha)

(Anderson Rocha)

Os aplausos, a alegria e a vibração positiva na noite desta quarta-feira (17), na Praça da Savassi, na região Centro-Sul da capital, parecem ter chegado a São Paulo, onde o Cruzeiro bateu o Corinthians por 2 a 1 e se sagrou o primeiro hexacampeão brasileiro. 

Milhares de torcedores acompanharam a vitória celeste e venceram o medo de uma arbitragem que, de início, botava medo por ser considerada por alguns pouco independente. Nos dois tempos do jogo, cruzeirenses jogaram garrafas de cerveja e água para o alto, balançaram árvores da praça e soltaram fogos, muitos fogos de artifício. 

Teve até rival dando uma força, mesmo sem assumir. A cozinheira (atleticana) Luana Vieira, 30, acompanhou o amigo (colorido, segundo ele), o garçom Vítor Alves, 20, na torcida pelo hexa. A moça compareceu até de azul. “Pura coincidência. Minha mãe é americana e, nem por ela, torço pra outro. Só Atlético!”, brincou. 

No primeiro tempo, enquanto o time ganhava por 1x0, Vítor chutou logo o 2x1. “Já estamos ganhando, filho! É Cruzeiro, Cruzeiro doido”, gritou. Acertou em cheio. 

A torcida não desanimou nem quando o time paulista empatou o jogo, no início do segundo tempo. A virada veio e a festa não parou desde então. “Ser o único hexacampeão do Brasil é demais. O Cruzeiro é muito grande e a gente destruiu o Corinthians na casa deles”, comemorou o analista comercial Lucas Pires, 24. 

A torcida não arredou o pé da Savassi por horas. O buzinaço tomou conta da região, com grande movimento no trânsito. 

Comemoração desagradável 

De acordo com a Polícia Militar, que reforçou a presença para a final da Copa do Brasil em algumas regiões da cidade, cerca de 20 pessoas tiveram seus telefones celulares furtados. Em um dos casos, uma mulher teve a bolsa levada, juntamente com os documentos e objetos pessoais. Os dados são preliminares e, portanto, podem aumentar. 

A estudante de educação física Gabriela Gonçalves, 20, virou parte da péssima estatística: ela teve o aparelho levado da bolsa nos primeiros minutos do segundo tempo. A jovem procurou a unidade móvel da PM para registrar o fato. 

“Estava assistindo o jogo tranquilamente e senti um movimento na minha bolsa. Quando olhei, o telefone já não estava lá”, relatou. “É uma sensação de impotência imensa. Você vem se divertir, ver o jogo, e perde algo que você trabalha para comprar”, finalizou. 

A unidade móvel da PM, que funciona até meia noite no local, está programada para funcionar até as duas da manhã desta quinta-feira, bem como a cavalaria.

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