Cuba anuncia exercícios militares contra hipotética invasão

Agência Brasil
Hoje em Dia - Belo Horizonte
10/11/2016 às 09:58.
Atualizado em 15/11/2021 às 21:36
 (CHIP SOMODEVILLA / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / AFP)

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 Depois de conseguir uma histórica reconciliação diplomática com os Estados Unidos, em 2015, no governo de Barack Obama, o presidente cubano, Raul Castro, enviou uma curta "mensagem de felicitação" a Donald Trump por sua eleição. O governo em Havana também anunciou, porém, que fará manobras militares entre 16 e 18 de novembro, o "Exercício Estratégico Bastião 2016", que mobiliza as tropas cubanas frente a uma hipotética invasão por parte dos Estados Unidos.

Mesmo não se referindo abertamente à mudança de governo nos Estados Unidos, que pode comprometer o processo de degelo das relações entre as duas nações, o momento no qual a notícia foi divulgada faz com que ela seja indiretamente direcionada a Trump e aos republicanos.

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Segundo o jornal governista Granma, a partir do dia 16 próximo, daqui a exatamente uma semana, as forças armadas cubanas darão início à Operação Bastião 2016, cujo objetivo é verificar "a preparação das tropas e da população civil para enfrentar diversas possíveis ações do inimigo".

O jornal afirma que essas manobras militares incluirão "movimentos de tropas e de material bélico, voos de aviões da aeronáutica militar e testes de materiais explosivos".

É a sétima vez que o regime dos irmãos Raul e Fidel Castro anuncia esses exercícios, que acontecem sempre em concomitância com momentos de tensão nos Estados Unidos. A primeira vez que foram organizados foi em 1980, após as eleições do ex-presidente Ronald Reagan.

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