De carona na folia, app de mobilidade só para elas lança reconhecimento facial

Paula Machado
01/03/2019 às 22:17.
Atualizado em 05/09/2021 às 16:47
 (Venuxx/Divulgação)

(Venuxx/Divulgação)

O Venuxx, aplicativo de mobilidade urbana para uso exclusivo de mulheres, aproveita o Carnaval 2019 para lançar uma funcionalidade. No intuito de maximizar a segurança de usuárias e motoristas parceiras conectadas pelo app em meio à maior festa da história de BH, o reconhecimento facial vem sendo implementado. 

O recurso consiste em atrelar a imagem do rosto da pessoa ao CPF, confirmando a identidade das envolvidas nas duas pontas. Como é vinculado ao Cadastro de Pessoa Física, o uso por mulheres transgênero fica garantido, desde que elas já tenham alterado a própria documentação. 

“Temos um carinho muito grande por esse público. Nosso objetivo é gerar oportunidades para todas as mulheres”, afirma a COO (sigla inglesa de Chief Operating Officer, cujo significado é Diretor de Operações) da empresa, Gabrielle Jaquier.

Lançada em 2016 e presente em Belo Horizonte desde abril de 2018, a plataforma é pioneira em oferecer a tecnologia para verificação de prestador de serviço e passageira. “Hoje, os aplicativos só fazem essa solicitação para motoristas, e por amostra. Alguns são selecionados e têm o software bloqueado até que realizem o reconhecimento”, explica Gabrielle.

A medida visa a reforçar a segurança de passageiras e condutoras, contribuindo para a geração de renda e independência financeira feminina.

Contudo, a funcionalidade – em operação há aproximadamente duas semanas – ainda está em fase de testes e imple-mentação, de forma gradativa. Assim, nem todas as usuárias terão acesso ao mecanismo num primeiro momento.

Além da capital mineira, o aplicativo está disponível em Porto Alegre e São Paulo. Ao todo, a rede conta com mais de 40 mil usuárias cadastradas, tendo uma média de 700 motoristas registradas a cada mês.

De acordo com dados levantados pela Venuxx, as mulheres representam 60% do público que utiliza plataformas de mobilidade urbana. Elas ainda têm um tipo de deslocamento específico, diferente dos homens. 

“Enquanto eles normalmente efetuam o trajeto moradia-trabalho, almoçando em um local próximo do emprego e a pé, elas fazem uma jornada que compõem muitas idas e vindas ao longo do dia. Vão, por exemplo, a mercados, escola, shopping, lojas, farmácia e outros inúmeros destinos”, diz a executiva.

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