De debate único à candidata sem votar por isolamento: a pandemia na eleição

Alexandre Simões
@oalexsimoes
15/11/2020 às 18:27.
Atualizado em 27/10/2021 às 05:03
Candidato diz que só o socialismo trará uma resposta para a violência (Alexandre Simões/Hoje em Dia)

Candidato diz que só o socialismo trará uma resposta para a violência (Alexandre Simões/Hoje em Dia)

A votação de Léo Péricles, candidato a vice-prefeito de Áurea Carolina (PSOL), vivendo neste domingo (15) um papel de “cabeça-de-chapa”, foi só mais um efeito da pandemia do novo coronavírus nas eleições municipais de Belo Horizonte.

A deputada federal, que concorre à prefeitura, foi diagnosticada com Covid-19 no final da semana passada e está cumprindo isolamento.

O maior impacto foi na característica principal da campanha municipal, que é o corpo a corpo. Em tempos de isolamento, em que o aperto de mão é um gesto arriscado, conviver com o eleitorado foi um desafio para os candidatos, que tiveram mais do que nunca que recorrer às redes sociais, grande aliada deles nos últimos pleitos.

As datas foram alteradas. O primeiro turno seria em 4 de outubro, com o segundo realizado no dia 25, três semanas depois. Mas a pandemia provocou um adiamento de 40 dias.

Debate único

Uma tradição do processo eleitoral no Brasil é o primeiro debate, promovido sempre pela TV Bandeirantes. Ele foi realizado em Belo Horizonte em 1º de outubro, quatro dias após o início da campanha, sendo que no rádio e TV ela começou apenas em 9 de outubro.

Foi o único encontro dos candidatos num debate de televisão, sendo que o atual prefeito, Alexandre Kalil, não foi à Band. A ausência do principal concorrente, somada à pandemia, que provocaria várias limitações, acabou provocando uma decisão conjunta das televisões de não promover mais debates.

Fechamento

O fechamento da cidade por Alexandre Kalil, por causa do novo coronavírus, usada como arma pelos adversários, parece ser um trunfo para ele, que tem a vitória neste primeiro turno indicada por todas as pesquisas.

Na reta final da campanha, o candidato Fabiano Cazeca (PROS) teve a Covid-19. Com 66 anos, ele integra o grupo de risco, chegou a ser infectado no final de outubro, passou alguns dias no CTI, e neste domingo votou em Belo Horizonte.

Na última sexta-feira (13), Áurea Carolina teve resultado positivo para a Covid-19 e não foi votar neste domingo.

Os efeitos da pandemia aparecem como o maior desafio do vencedor do pleito deste 15 de novembro. A economia tem tempos difíceis, muito pelo processo vivido com o fechamento, as escolas ainda não têm aulas presenciais e a saúde trabalha com a possibilidade de uma segunda onda do novo coronavírus.

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