A ArcelorMittal decidirá em dois meses se retomará o projeto de US$ 1,5 bilhão para duplicação da capacidade produtiva da usina de João Monlevade, Região Central de Minas Gerais. O presidente-executivo de aços longos da empresa nas Américas, Jefferson De Paula, sinalizou na quarta-feira (27) que o projeto será retomado, uma vez que o cenário traçado pela empresa para os próximos três anos justificaria o aporte. Se isso se confirmar, a usina entraria em operação com a nova capacidade no primeiro trimestre de 2014.

Durante as obras, a expectativa é de geração de 6 mil empregos.“O setor de aços longos, no país, vai crescer 6% neste ano e, no ano que vem, o mesmo percentual. A ArcelorMittal opera hoje no Brasil com uma ocupação de 90% da capacidade. Diante disso, o investimento é uma consequência”, observou.

O foco da ArcelorMittal é manter o market share de 33% no segmento de aços longos no mercado brasileiro. Para isso, é preciso acompanhar a alta prevista na demanda com maior oferta.

Ele ressaltou que a decisão ainda precisa de uma aprovação interna e informou que, dos US$ 1,5 bilhão, falta investir US$ 800 milhões. A empresa já comprou 90% dos equipamentos para a expansão, que estão estocados.

A unidade terá sua capacidade ampliada de 1,2 milhão de toneladas de aço por ano para 2,4 milhões. O plano da empresa é de, nos próximos três anos, sair de uma capacidade de 3,5 milhões de toneladas no país para 5 milhões de toneladas.

Além do aporte em João Monlevade, a usina de Juiz de Fora, na Zona da Mata, receberá R$ 30 milhões para integração do mix de produtos com a unidade de João Monlevade. Ainda haverá um pequeno ganho de capacidade em Cariacica, no Espírito Santo.

De Paula lembrou que, à época do congelamento dos investimentos, em novembro de 2011, a companhia entendeu que não precisaria aumentar o volume de aço ofertado. No entanto, ele salienta que as medidas do governo federal para estimular a economia impactaram positivamente o setor.

*Viajou a convite do IABr

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