Descoberta fábrica clandestina de aparelhos de ginástica

Ricardo Brandt
13/06/2013 às 20:03.
Atualizado em 20/11/2021 às 19:07

O Ministério Público Estadual (MPE) de São Paulo cumpriu nesta quinta-feira (13) sete mandados de busca e apreensão em empresas e escritórios de Nova Odessa e Campinas, no interior do Estado, suspeitas de integrar um esquema de venda de equipamentos de ginástica falsificados para prefeituras.

Uma fábrica em Nova Odessa falsificava os equipamentos de academia ao ar livre para praças, especialmente para grupos de idosos, de uma produtora oficial de Maringá (PR), a Ziober. O dono da fábrica clandestina, que atua com o nome de Assix, Leandro Morata, é ex-representante comercial da empresa paranaense.

De acordo com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), o grupo é investigado por fraudes em licitações, crime contra a propriedade industrial, formação de quadrilha e falsidade ideológica. Durante as buscas, o dono da empresa paranaense, Ricardo Ziober Júnior, estimou um prejuízo de R$ 7 milhões em um ano.

"Descobrimos quando um cliente ligou reclamando da garantia do produto e quando fomos checar não tínhamos vendido para ele. Pedimos a nota fiscal e vimos que não era nossa", afirma o dono da Ziober. Foi o dono que acionou a Polícia Civil de Maringá e conseguiu na Justiça paranaense que fosse determinada a busca e apreensão. O Gaeco, do Ministério Público paulista, ajuda nas investigações.

Na fábrica clandestina, em Nova Odessa, os promotores de Campinas e os policiais civis de Maringá e Campinas encontraram um quadro com entregas previstas para prefeituras em pelo menos quatro Estados (Paraná, Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul) e também para uma secretaria estadual de São Paulo.

As investigações cruzarão agora quais foram as vendas feitas pela Assix de produtos falsificados da Ziober para saber como foram vencidas as licitações de fornecimento dos equipamentos para prefeituras do País. Não houve mandados de prisão no caso. O proprietário da fábrica clandestina não foi encontrado para comentar o caso.
http://www.estadao.com.br

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